O presente artigo objetiva analisar o exercício do poder como mecanismo de dominação, enfocando o aspecto da marcação diferencial que confina determinados grupos de pessoas em guetos sociais nos quais se positivam mecanismos de vigilância, controle e punição que asseguram a produção, consolidação e manutenção da exclusão social. Pessoas, como o negro e o pobre, o estrangeiro, enfim, o Outro, são rotuladas como diferentes e, por isso, potencialmente perigosas, tornando imperioso às estruturas centrais de poder estabelecer mecanismos eficientes de vigilância e punição preventiva, a fim de assegurar o bem-estar de uma sociedade avessa ao pluralismo. Buscam-se analisar os modos mediante os quais esses mecanismos de poder atuam, quais as verdades que se produzem e como se as veiculam eficazmente, no sentido de submeter o indivíduo à pauta de comportamento ditada pelas respectivas estruturas de poder centralizado.
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