Socorro, Portugal
Santo Ildefonso, Portugal
Este estudo teve como objetivo compreender a base fisiológica do acastanhamento interno (AI) em pera ‘Rocha’ induzido pelo CO2 elevado com enfase no efeito do estado de maturação à colheita. Peras colhidas de dois pomares num estado de maturação ótimo e de outros dois po-mares num estado tardio foram armazenadas durante 45 dias em frio normal. Posteriormente, os frutos foram transferidos para atmosfera controlada indutora de acastanhamento (1% O2 + 10% CO2) até aos 145 dias de armazenamento. A incidência de AI, a atividade da polifenolo-xidase (PPO) e da peroxidase (POX), e as concentrações dos metabolitos fermentativos e do ácido ascórbico (AA) foram avaliados à colheita e periodicamente durante o armazenamento. No final do armazenamento os frutos colhidos num estado de maturação tardio tiveram maior incidência de AI (96%), comparativamente com a observada nos frutos ótimos (87%). A maior incidência de AI nos frutos da colheita tardia pode ser parcialmente explicada pela maior ativi-dade da PPO e da POX à colheita e durante o armazenamento e ainda pelos níveis superiores de metabolitos fermentativos e inferiores de AA nestes frutos ao longo do armazenamento. Com base nos resultados obtidos neste estudo sugerimos que a atividade da PPO e a POX poderão ser consideradas como marcadores bioquímicos para a determinação da sensibilidade dos frutos, à colheita, ao desenvolvimento de AI induzido pelo CO2.
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