Capítulo V Utilização de imagem no jornalismo digital: Efeitos e responsabilidades

• Nilton Marlúcio de Arruda ^[1]
  1. [1] Universidade Fernando Pessoa

     Universidade Fernando Pessoa

     Santo Ildefonso, Portugal

     
• Localización: Comunicación digital en entornos múltiples / coord. por Miguel Ángel Ortiz Sobrino, María José Pérez Serrano, Sagrario Bernad Conde, Anelí María Bongers Chicano, María del Carmen Ramos Herrera, Gorka Zamarreño Aramendia, 2018, ISBN 9788417270506, págs. 77-98
• Idioma: portugués
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• Resumen

  • Da primeira gravura num periódico (Gazeta de Lisboa, 1716) e do pioneirismo da publicação de fotografia em jornal impresso (The New York Daily Graphic, 1880 - EUA) aos dias de hoje, a presença de imagens no jornalismo modificou a forma de apresentação das notícias. A fotografia de imprensa é uma mensagem a informar de maneira complementar o que se lia apenas nos textos. No entanto, o dinamismo das leituras imposto pelos utilizadores de notícias e a revolução tecnológica provocada pela internet alteraram o equilíbrio entre palavras e imagens. Principalmente no jornalismo digital, evidencia-se uma proposta interativa diante de um leitor empoderado pelas redes sociais. Nota-se uma sobredeterminação da imagem em detrimento da palavra para conquistar a atenção do público, numa estratégia visual que traz em si o risco de empobrecer o aprofundamento das matérias. Jornais tentam alcançar a invisibilidade por excesso de exposição, além de dissolver os conteúdos noticiosos (Perniola, 2004). Ainda mais grave, os periódicos publicam imagens sensacionalistas, desconsiderando- se, inclusive, os aspectos da responsabilidade editorial do veículo. O jornalismo digital colabora para a fragmentação do pensar do indivíduo? O objetivo é refletir sobre a responsabilidade do jornalismo na legitimação e construção do imaginário coletivo, a partir da premissa de Barthes de que a fotografia exerce funções junto ao sujeito - informar, representar, surpreender, fazer significar, dar vontade -, cuja recepção depende dos sentimentos provocados pela imagem. Considera-se a “lógica comunicativa das imagens” a partir do seu “acto icónico”, conforme Bredekamp (2015). A investigação mensurou a evolução histórica da utilização de imagens pelo jornalismo e suas influências junto do leitor.