A proposta do trabalho perpassa pela questão de pensar o papel das mulheres, especialmente as negras e mestiças no contexto social, político, econômico, educacional a partir de comunidades inseridas no nordeste do Brasil - espaço onde vivem em situação de pobreza e vulnerabilidade a partir das promessas de grupos hegemônicos que exercem suas relações de poder na política local, regional, desenhando um quadro de diferenças entre grupos que as deixam invisíveis pelas marcas entre suas dores e lutas pela sobrevivência. Nesse sentido, pensa-se nessas mulheres que vivem à margem da sociedade pela pobreza e falta de estudos e oportunidade de trabalho, sendo destituídas de valores, apesar das promessas em processos eleitorais que ali se instauram. A pesquisa mostra que essas mulheres vêm construindo suas formas de luta contra a legitimação dessas forças opressoras que pela ideologia dominante, machista, racista e estigmatizadora, tem violado os direitos em viver com dignidade, estabelecendo formas de violência - seja física ou simbólica que se reproduz efetivamente nos espaços de interlocução e vivência.
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