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O crioulo como língua materna em Cabo Verde e as suas implicaçoes no currículo escolar desenvolvido em português

  • Autores: Elvira Gomes dos Reis Freitas
  • Directores de la Tesis: Wlodzimierz Szymaniak (codir. tes.), Antonio Vara Coomonte (codir. tes.)
  • Lectura: En la Universidade de Santiago de Compostela ( España ) en 2011
  • Idioma: portugués
  • Tribunal Calificador de la Tesis: José Manuel Vez Jeremías (presid.), Xosé Rubal Rodríguez (secret.), Juan Manuel Escudero Muñoz (voc.), Estela Pinto Ribeiro Lamas (voc.), Xosé Manuel Malheiro Gutiérrez (voc.)
  • Materias:
  • Enlaces
    • Tesis en acceso abierto en: MINERVA
  • Resumen
    • Palavras-chaves: contacto de línguas, política e planificação linguísticas, educação bilingue, línguas crioulas, transferência, interferência linguística, atitudes e representações linguísticas, consciência metalinguística, recurso à língua materna.

      Problema ¿ Em Cabo Verde o crioulo é a língua materna e de comunicação quotidiana e o português a língua segunda e de ensino. Mas, o curriculum escolar não contempla o crioulo, e o português é ensinado como língua oficial o que leva a um confusio linguarum e motiva o insucesso escolar.

      Objectivo ¿ Conhecer as implicações do crioulo língua materna no currículo escolar desenvolvido em português, considerando a problemática em duas dimensões: 1 ¿ Uma diacrónica, que estudou a evolução da coexistência entre essas duas línguas em Cabo Verde desde 1841 até 2004 2 - Outra sincrónica que analisou a situação sociolinguística do contexto educativo cabo-verdiano actual Metodologia ¿ Enfoque qualitativo interpretativo.

      1- Pesquisa bibliográfica para a dimensão diacrónica, através de depoimentos dos intelectuais cabo-verdianos publicados em obras de referência 2- Estudo do caso da Escola Secundária José Augusto Pinto na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente Técnicas de recolha de dados 1- Recolha de depoimentos de 30 intelectuais cabo-verdianos publicados em obras de referência; 2- Entrevistas semi-estruturadas com 17 professores do 8º ano; 3- Observação de 12 aulas de língua portuguesa do 8º ano de 4 professores; 4- Análise da produção escrita de alunos; 5- Análise documental (fichas de inscrição dos alunos, actas de coordenação e fichas de planificação da disciplina de LP ¿ 8º ano);

      Técnicas de análise Análise categorial e interpretativa dos depoimentos, das entrevistas, dos episódios da interacção verbal com recurso ao crioulo na comunicação pedagógica, das transferências na produçao escrita dos alunos e a análise de conteúdos dos documentos.

      Resultados 1 - As posturas dos intelectuais têm beneficiado, paulatinamente, o crioulo que começou por ser visto como um composto monstruoso sem regras e sem gramáticas e passou a ser reivindicado como a língua de pertença e de identidade. Porém, tais posturas não forçaram a tomada de decisões políticas de valorização do crioulo; 2 - O contexto educativo é fortemente marcado pela presença do crioulo, que continua fora do curriculum formal, havendo sempre conflitos entre a realidade linguística e as politicas linguísticas educativas; 3 - As atitudes e representações dos professores face à coexistência linguística não são nem claras nem coerentes, espelho do confusio linguarum que se vive neste contexto; 4 - O recurso à LM fomenta a ocorrência de transferências que não são tratados pedagogicamente e por isso dificultam a aprendizagem da LP e em LP.

      Recomendações 1. Reflectir sobre o confusio linguarum em todos os níveis de organizaçao curricular; 2. Escolher uma variante e definir uma norma linguística indispensável à produção de conteúdos científicos de qualidade; 3. Introduzir o crioulo no sistema educativo, primeiro como uma disciplina e depois como veículo de determinados conteúdos; 4. Formar professores para um modelo de educação bilingue; 5. Oficializar o crioulo; 6. Investir fortemente no ensino do crioulo LM e do português L2, reconhecendo a especificidade do português de Cabo Verde e promovendo o desenvolvimento de uma sociedade que se quer bilingue.


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