As gerações futuras num manto de invisibilidade

• Catarina Santos Botelho ^[1] ; Filipe Pinto ^[1] ; Mariana Reis Barbosa ^[1]
  1. [1] Universidade Católica Portuguesa

     Universidade Católica Portuguesa

     Socorro, Portugal

     
• Localización: Francis - Yearbook of Legal Sciences and Humans Rights: Tribute to Prof. Dr. Cândido Furtado Maia Neto / coord. por André Luis de Lima Maia, 2024, ISBN 978-65-00-97652-6, págs. 162-176
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Future generations in a cloak of invisibility
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• Resumen
  • English

    In the present ‘risk society’, the protection of future generations is a profusely complex issue that is becoming increasingly acute. First of all, generational theory should not only be studied from philosophical and deontic perspectives but also needs a sociological analysis. One of the Achilles’ heels of the democratic system is its excessive concern with the present time, concomitantly neglecting the medium- and long-term reasoning. It is important that public policies do not fall into the trap of being driven only by particular demands and short time cycles, to the detriment of a long-term strategic vision with a focus on future sustainability. Similar phenomena, but with different contours, occur when we think about other actors, namely organizations in the social economy sector, which are often partners with the state in the implementation of public policies. At the same time, education plays a fundamental role in transforming society, exposing us to new possibilities and strengthening our capacity for dialogue and action. Some caution is needed in the simplistic statement that high abstention rates among young people mean political and civic alienation. What happens, though, is that young people are looking for different forms of civic and political expression. In fact, young people respond to today’s challenges with moral clarity, a sense of urgency and a great commitment to acting in the present with a focus on the common good and in the future.

  • português

    A proteção das gerações futura é uma temática profusamente complexa e que, na presente ‘sociedade de risco’, se torna cada vez mais acutilante. Desde logo, a teoria geracional não deve apenas ser estudada pelos primas filosófico e deôntico, mas também carece também de uma análise sociológica. Um dos calcanhares de Aquiles do sistema democrático é a excessiva preocupação com o tempo presente, concomitantemente negligenciando o médio e longo prazo. Importa que as políticas públicas não caiam na armadilha de se orientar apenas em função de reivindicações particulares e de ciclos temporais curtos, em detrimento de uma visão estratégica de longo prazo com enfoque na sustentabilidade futura. Fenómenos similares, mas com contornos diferentes, ocorrem quando pensamos noutros atores, designadamente, nas organizações do sector da economia social(OES), que não poucas vezes são parceiros do Estado na implementação de políticas públicas. Concomitantemente, a educação desempenha um papel fundamental na transformação da sociedade, expondo-nos a novas possibilidades e fortalecendo a nossa capacidade de diálogo e ação. É preciso alguma cautela na afirmação simplista de que as elevadas taxas de abstenção entre os jovens significam alheamento político e cívico. O que sucede, em boa verdade, é que os jovens procuram diferentes formas de expressão cívica e política etêm sabido responder aos desafios hodiernos com clareza moral, sentido de urgência e um grande compromisso com o agir no presente com um foco nobem comum e no futuro.