Salamanca, España
España ha profundizado sus políticas de decomiso de bienes ilícitos de modo de lograr mayor eficiencia en la prevención y persecución de delitos. En esa línea, el decomiso trasciende a la persona penalmente responsable para alcanzar a terceros poseedores de bienes. La búsqueda de mayor eficiencia pone así en tensión dos principios fundamentales del ordenamiento jurídico: de un lado, enfrentar con eficiencia las conductas delictivas; del otro lado, la necesidad de conservar los principios del debido proceso y de resguardar el derecho de propiedad. El trabajo busca explorar esta tensión abordando, en una primera sección, la regulación jurídica de la figura del decomiso de bienes ilícitos en posesión de terceros ajenos al delito. Con posterioridad, se enfoca la necesaria intervención de esas personas en el proceso penal, ante la eventual aplicación del instituto de decomiso.
Spain has developed its legal framework regarding the forfeiture of illicit assets in order to increase efficiency in the prevention and the repression of crimes. To reach that goal, the forfeiture transcends the individual responsible for the crime, reaching third parties in possession of the assets. This quest to reach higher standards of efficiency brings tension between two fundamental principles of the legal framework: on the one hand, to fight crimes efficiently; on the other hand, to preserve due process and property rights. This paper discusses this tension analyzing, in the first section, the legal framework for the forfeiture of assets in possession of third parties unrelated to the crime. The following section focuses on the mandatory intervention of these individuals in the criminal process as a consequence of the asset forfeiture.
A Espanha tem desenvolvido sua política de confisco de bens derivados de atos ilícitos para aumentar a eficiência na prevenção e na persecução de delitos. Nesse sentido, a recuperação de ativos transcende o âmbito da pessoa penalmente responsável pelos delitos e alcança terceiros que possuam os bens. A busca de maior eficiência coloca tensão entre dois princípios fundamentais do sistema jurídico: por um lado, a necessidade de enfrentar com eficiência as condutas delituosas; por outro, a necessidade de garantir os princípios do devido processo legal e de resguardar os direitos relacionados à propriedade. Este trabalho tem a finalidade de explorar essa tensão e aborda, em uma primeira seção, o regime jurídico da figura de confisco de ativos ilícitos em posse de terceiros não responsáveis pelo delito. Posteriormente se enfoca a intervenção necessária dessas pessoas no processo penal diante da possibilidade de utilização do instituto de confisco de bens.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados