Investigou-se, neste trabalho, como evolui a compreensão de crianças e adolescentes dos seus próprios direitos, o que pensam acerca da sua violação e quais as formas ou medidas que propõem defendê-los ou garanti-los. Foram entrevistados 90 sujeitos de oito a dezesseis anos, da cidade de Madri, Espanha, acerca de sete histórias especialmente elaboradas, cada qual apresentando um problema ou conflito envolvendo certo direito (educação, alimentação, atendimento médico, informação veraz e jogo), empregando-se o método de exploração crítica piagetiano. Os resultados mostram que a compreensão de direitos humanos e de sua violação e as estratégias concebidas para sua defesa ou garantia variam segundo a idade dos sujeitos e apresentam-se em níveis evolutivos, de conformidade com a proposta piagetiana de estádios no domínio do conhecimento lógico-matemático. As conclusões apontam a necessidade não só de uma maior divulgação dos direitos da infância e da adolescência entre sujeitos dessas idades, mas também de uma política que incorpore dados de pesquisas sobre o tema nos âmbitos formal e informal da educação.
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