Arquitetura e aspectos construtivos afro-brasileiros em Porto Novo, Benin: ações de requalificação profissional entre os jovens de origem agudá

• Autores: Alexandre Ferreira Mascarenhas, Luana Lara Safar Redini, Rock Kiki Gbénahou
• Localización: Tierra, sociedad, comunidad: 15° Seminario Iberoamericano de Arquitectura y Construcción con Tierra / coord. por María Cecilia Achig Balarezo, 2015, ISBN 978-9978-14-313-1, págs. 694-703
• Idioma: portugués
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  • Benin, país situado na África do Oeste, se caracteriza pela sua diversidade geográfica, cultural e étnica e, sua capital, Porto Novo, reflete as características do país. Observa-se uma lacuna na literatura no que diz respeito ao estado da arte do patrimônio arquitetônico afro-brasileiro e seus sistemas construtivos tradicionais existentes nesta região, e, sobretudo em ações que visam à requalificação profissional e à conservação e restauração deste patrimônio. As investigações realizadas sempre foram direcionadas à arquitetura de terra encontrada no norte do país com a fronteira do Togo como os castelos de terra fortificados tata-somba ou nas arquiteturas das etnias gurunsi e aschanti localizadas no sul da Burkina Faso e norte e centro de Gana. Observa-se, portanto, uma desvalorização e perda de conhecimento e, consequentemente, de identidade entre a sociedade e as famílias afro-brasileiras de sobrenomes Souza, Silva, Medeiros, D´Almeida, entre outros – os agudás. Desta forma, este artigo apresenta o curso de requalificação técnica, ministrado entre 2012 e 2014, estabelecido entre a Casa do Patrimônio e do Turismo de Porto Novo (Maison du Patrimoine et du Tourisme de la Ville de Porto Novo), a Comunidade Urbana de Lyon e a Agência Brasileira de Cooperação em parceria com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o Instituto Federal Minas Gerais, cujo objetivo principal foi o resgate das técnicas construtivas tradicionais da arquitetura afro-brasileira. Desta forma, este artigo busca a valorização destas técnicas e traz ainda uma breve descrição das metodologias e das atividades realizadas em Porto Novo neste curso de capacitação, onde se espera que as ações permitiram a sua disseminação e, consequentemente, a salvaguarda deste patrimônio e a possibilidade de ingresso destes jovens em um novo campo de trabalho.