Os últimos anos tem assistido a importantes transformações nas bibliotecas portuguesas. A expansão tanto da Rede de Bibliotecas Públicas (iniciada em 1986) como a das Bibliotecas Escolares (dez anos depois), acompanhada por melhorias significativas nas bibliotecas universitárias, alargou substancialmente a oferta de livros e outros materiais de informação, bem como de novos serviços. Se a isto se juntarem as acções continuadas de promoção da leitura da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, o Plano Nacional de Leitura e muitas outras iniciativas de carácter local, pode-se ter alguma esperança de que em breve Portugal saia em definitivo dos últimos lugares nos estudos comparativos sobre literacia. Neste contexto irrompeu, mais recentemente, aquilo que tem sido designado por "Web social" ou "Web 2.0", conceito que rápidamente contaminou as conversas e as discussoes entre profissionais e estudiosos da área das bibliotecas e ciências da informação, desenvolvendo-se também a ideia (e alguma prática) do que tem sido designado por "Biblioteca 2.0". As bibliotecas vêem-se assim, em Portugal, confrontadas com um duplo desafio: Por um lado apoiam o desenvolvimento de competências básicas de leitura, procuram tornar o livro acessível a todos, ajudando populações desfavorecidas a vencer muitas barreiras (como o isolamento ou a doença), desenvolvem estrategias para atrair novos leitores e melhorar a qualidade da leitura. Para tudo isto precisam de se preparar, equipar e formar o seu pessoal com perfis específicos. Num outro sentido, não necessariamente antagónico, parceiro mesmo segundo alguns, as tecnologias impõem-se, e longe vai o tempo em que se discutia o papel das TIC na organização das bibliotecas. Os desafios que são colocados pela "biblioteca 2.0" e pelo desenvolvimento das redes sociais, sao de modo a exigirem aos profissionais novas e profundas alterações de competências e comportamentos. As redes sociais podem baralhar ou mesmo inverter completamente os tradicionais papéis de autor, mediador e leitor. Como podem as bibliotecas actuar neste ambiente? Novas interrogações surgem: que adaptações, que práticas, que profissionais?
A leitura: cidadãos e pessoas, obrigação e prazer
págs. 19-35
Ignorance is not our heritage: libraries and reading, a value judgment
págs. 37-50
Estratégias de incentivo à leitura: relato da experiência nas Bibliotecas Farol da Educação. Maranhão, Brasil
págs. 51-64
págs. 67-80
Do "Livro de areia" à "Sopa de letras luminosas": apontamentos sobre a história das prácticas de leitura
Imara Bemfica Mineiro, Juliana do Couto Bemfica, Ana María Pereira Cardoso
págs. 81-104
Grupos de Leitura em espaço público: um estudo comparado
págs. 105-119
págs. 121-138
págs. 139-144
Born Digital: os novos leitores
págs. 145-162
Pour de nouvelles coopérations entre écoles et bibliothèques: retour sur les objectifs et missions
págs. 165-174
Las bibliotecas públicas como promotoras de la lectura: la experiencia de Cataluña
págs. 175-185
págs. 187-193
Para que os meus fihos gostem de ler: histórias de leituras partilhadas
págs. 195-215
Práticas de leituras dos jovens do ensino secundário: contributo para a sua compreensão
págs. 217-234
Leituras de berço: práticas de promoção da leitura com bebés dos 9 meses aos 3 anos e respectivas familias
págs. 235-250
BiblioDomus: a leitura em casa
págs. 251-263
Prioridade n.º 1. Conquista de leitores: estratégias adoptadas em bibliotecas escolares
págs. 265-280
"Quesos de Letras. Ratones de Mesa": material didáctico para bibliotecas
Desamparados Cuenca García, Luz María Olmo García, Rafael Ortega Herraiz, Rocío Sánchez Millán
págs. 281-296
págs. 297-317
A Biblioteca Escolar: promoção de leituras e construção do leitor
págs. 319-324
págs. 325-333
La promoción de la lectura en el contexto de las bibliotecas universitarias españolas: un estudio de visibilidad a través de los sitios web
págs. 335-343
Campus de leitura: pensar o espaço da biblioteca universitária para a leitura. O caso da Biblioteca da FPCE-UL
págs. 345-358
págs. 361-377
A leitura do texto literário: entre a sala de aula e a biblioteca escolar
Renata Junqueira de Souza, Cyntia Graziella Guizelim Simoes Girotto
págs. 379-395
La biblioteca 2.0: de la biblioteca expositiva a la biblioteca interactiva
págs. 399-411
La Biblioteca Escolar: lectura, TICs y familia
págs. 415-433
págs. 435-458
Reading skills are more important than ever: reading initiatives in Danish libraries
págs. 461-475
Biblioteca aberta: literatura e leitura como práticas sociais
págs. 477-489
Leitura e menino de rua: uma relação que ensina sonhar na perspectiva de aprender para a vida, na vida e com a vida
págs. 491-502
Bibliotecas públicas: fuentes de salud
págs. 503-516
Bibliotecas comunitárias em Belo Horizonte: atores em cena
págs. 517-531
Biblioteca Pública: caminhos que levam ao futuro
págs. 533-546
págs. 547-563
págs. 565-579
Marketing, comunicação e informação no âmbito da promoção da leitura em bibliotecas: estudo de caso da Biblioteca do Campo Arqueológico de Mértola
págs. 583-598
Otras lecturas. Entre bibliotecas y museos: promocionando el diálogo intercultural, la interpretación y la lectura
págs. 599-615
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