Coimbra (Sé Nova), Portugal
Socorro, Portugal
This article addresses the issue of inequality –specifically horizontal inequality –between countries, a central theme in discussions about global development. The study begins by defining key concepts such as the forces of convergence and the forces of divergence, which are fundamental to understanding the economic dynamics that perpetuate or reduce disparities between nations. The forces of convergence refer to mechanisms that can promote greater equality between countries, while the forces ofdivergence work in the opposite direction, widening economic and social differences. The text focuses on two important manifestations of these forces: the diffusion of knowledge and the opening of domestic markets to the free flow of investments and foreign capital. The diffusion of knowledge is seen as a potentially equalizing factor, as it facilitates access to technologies and innovations, allowing developing countries to reduce the technological gap with more advanced countries. On the other hand, the opening of markets can be a double-edged sword, depending on how it is implemented and the internal economic conditions. In this context, the article criticizes the neoliberal prescription widely applied to developing countries, arguing that it fails to take into account the economic and historical specificities of the Global South. Instead of promoting equality, such policies often perpetuate a colonial continuity that needs to be broken. The authors thus propose alternatives that are more aligned with therealities of developing countries, aiming for economic autonomy without excessive dependence on external capital or the imposition of economic models that disregard local particularities.
Este artigo aborda a questão da desigualdade –especificamente a desigualdade horizontal –entre países, uma temática central nas discussões sobre desenvolvimento global. O estudo inicia com a definição de conceitos-chave, como as forças de convergência e as forças de divergência, fundamentais para a compreensão das dinâmicas econômicas que perpetuam ou reduzem as disparidades entre nações. As forças de convergência referem-se aos mecanismos que podem promover uma maior igualdade entre países, enquanto as forças de divergência agem no sentido oposto, ampliando as diferenças econômicas e sociais. O texto foca em duas manifestações importantes dessas forças: a difusão de conhecimento e a abertura dos mercados internos para a livre circulação de investimentos e capitais estrangeiros. A difusão de conhecimento é vista como um elemento potencialmente igualador, pois facilita o acesso a tecnologias e inovações, permitindo que países em desenvolvimento reduzam a distância tecnológica em relação aos países mais avançados. Por outro lado, a abertura de mercados pode ser uma faca de dois gumes, dependendo de como é implementada e das condições econômicas internas. Nesse contexto, o artigo lança uma crítica ao receituário neoliberal amplamente aplicado aos paísesem desenvolvimento, argumentando que ele não leva em conta as especificidades econômicas e históricas do Sul Global. Em vez de promover a igualdade, tais políticas frequentemente perpetuam uma continuidade colonial que precisa ser rompida. Os autores propõem, assim, alternativas mais alinhadas às realidades dos países em desenvolvimento, que busquem autonomia econômica sem depender excessivamente de capitais externos ou da imposição de modelos econômicos que desconsideram as particularidades locais.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados