Con el objetivo de identificar cómo se gestan procesos de construcción de la masculinidad en el espacio escolar desde los primeros años de infancia, las transiciones que viven los niños entre los 3 y los 12 años de edad, así como el papel que juegan las niñas en estos procesos, se realizó una observación etnográfica en una escuela de preescolar y una escuela Primaria situadas en el estado de Michoacán. La observación se hizo en el patio durante la hora de recreo. Se utilizaron tres ejes de análisis: tipos de juego, uso de espacios físicos e interacción entre pares. En el preescolar se pudo observar que los niños más pequeños (3 años), compartían sus juegos casi por igual con las niñas, mientras los niños más grandecitos (5 años), ya se organizaban preferentemente por sexo, en actividades donde interviene la fuerza física y aparecen formas incipientes de “cortejo” o “acoso” hacia las niñas. Entre los niños de Primaria, se acentúa el distanciamiento de las niñas y lo “femenino” al tiempo que se fortalece lo masculino asociado a la competencia, la fuerza y las destrezas físicas. Se analizan las implicaciones adversas que tiene para niños y niñas esta socialización de género y se propone diseñar materiales educativos que permitan a los niños contar con otros referentes simbólicos para vivir la masculinidad desde otras coordenadas éticas y políticas.
In order to identify how processes of construction of masculinity are gestated in the school space from the early years of childhood, the transitions that boys experience between 3 and 12 years of age, as well as the role that girls play in these processes, an ethnographic observation was carried out in a preschool and a primary school located in the state of Michoacán. The observation was made in the playground during recess time. Three axes of analysis were used: types of play, use of physical spaces and interaction between peers. In preschool, it was observed that the youngest boys (3 years old) shared their games almost equally with the girls, while the older boys (5 years old) were already organized preferably by sex, in activities where physical strength intervenes and incipient forms of "courtship" or "harassment" towards girls appear. Among primary school boys, the distance between girls and the "feminine" is accentuated while the masculine associated with competition, strength and physical skills is strengthened. The adverse implications that this gender socialization has for boys and girls are analyzed and it is proposed to design educational materials that allow boys to have other symbolic references to live masculinity from other ethical and political coordinates.
Keywords: Masculinity, childhood, transitions, school, gender.
Com o objetivo de identificar como se desenvolvem os processos de construção da masculinidade no espaço escolar desde os primeiros anos da infância, as transições que os homens vivenciam entre 3 e 12 anos de idade, bem como o papel que as meninas desempenham nesses processos, foi realizada uma observação etnográfica em uma pré-escola e uma escola primária localizadas no estado de Michoacán. A observação foi feita no parquinho durante o recreio. Foram utilizados três eixos de análise: tipos de brincadeira, uso dos espaços físicos e interação entre pares. Na pré-escola, observou-se que os meninos mais novos (3 anos) dividiam suas brincadeiras quase igualmente com as meninas, enquanto os meninos mais velhos (5 anos) já se organizavam preferencialmente por sexo, em atividades onde a força física intervém e surgem formas incipientes de "namoro" ou "assédio" com as meninas. Entre os meninos do ensino fundamental, acentua-se a distância entre as meninas e o "feminino", enquanto o masculino associado à competição, força e habilidades físicas é fortalecido. As implicações adversas que essa socialização de gênero tem para meninos e meninas são analisadas e propõe-se a elaboração de materiais educativos que permitam aos meninos ter outras referências simbólicas para viver a masculinidade a partir de outras coordenadas éticas e políticas.
Palavras chave: Masculinidade, infância, transições, escola, gênero
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados