Para que aprender matemática?: constituição de cidadãos responsáveis pela resolução de problemas

• Caroline Birnfeldt ^[1] ; Maura Corcini Lopes ^[1]
  1. [1] Universidade do Vale do Rio dos Sinos

     Universidade do Vale do Rio dos Sinos

     Brasil

     
• Localización: Archivos Analíticos de Políticas Educativas=Education Policy Analysis Archives, ISSN-e 1068-2341, Vol. 32, Nº. 1, 2024
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • ¿Por qué aprender matemáticas?: constitución de ciudadanos responsables de la solución de problemas
  • Why learn mathematics?: forming responsible citizens for problem solving
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• Resumen
  • español

    El artículo aborda el concepto de ciudadanía desde el contexto de la Educación Matemática. Problematiza la conversión de la Educación Matemática en herramientas para la resolución de problemas en todas las esferas de la vida privada, así como el desvanecimiento del campo político y formativo de la ciudadanía fomentado por el conocimiento matemático. Para ello, se analizaron 40 documentos publicados por la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura [UNESCO] y 14 documentos de orientación curricular brasileños, publicados entre 1996 y 2018. Como herramienta teórico-metodológica, se utilizó el concepto de metamorfosis, de Ullrich Beck. Para tensar la recurrencia de la prescripción de resolución de problemas y de la ciudadanía asociada con la responsabilidad individual, se utilizó el concepto de ciudadano cosmopolita inacabado de Tomaz Popkewitz. Se concluye que, independientemente del aprendizaje de contenidos y la formación matemática, los documentos fomentan el desarrollo de habilidades que necesitan los ciudadanos para que sepan resolver problemas en situaciones de incertidumbre y riesgo. Ante este hallazgo, se afirma que el concepto de ciudadanía puesto en circulación se ha metamorfoseado y ya no se asocia a la garantía de derechos y deberes para una vida digna.

  • English

    This article addresses the concept of citizenship from the context of mathematics education. It problematizes both the conversion of mathematics education into tools for solving problems in all spheres of private life and the fading of the political and educational field of citizenship fostered by mathematical knowledge. For this purpose, 40 documents published by United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization [UNESCO] and 14 Brazilian curriculum guidance documents, published between 1996 and 2018, were analyzed. As a theoretical-methodological tool, the concept of metamorphosis, by Ullrich Beck, was used. To problematize the recurrence of the prescription of problem solving and citizenship associated with individual accountability, Tomaz Popkewitz’s concept of the unfinished cosmopolitan was used. Regardless of content learning and mathematics education, the documents encourage the development of skills needed by citizens so that they can solve problems in situations of uncertainty and risk. Faced with this finding, we claim that the concept of citizenship put into circulation has been metamorphosed and is no longer associated with the guarantee of rights and duties for a dignified life.

  • português

    O artigo aborda o conceito de cidadania a partir do contexto da Educação Matemática. Problematiza a conversão da Educação Matemática em ferramental para a resolução de problemas em todas as esferas da vida privada, bem como o esmaecimento do campo político e formativo da cidadania fomentado pelo conhecimento matemático. Para tanto, foram analisados 40 documentos publicados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [UNESCO] e 14 documentos de orientação curricular brasileiros, publicados entre os anos de 1996 e 2018. Como ferramenta teórico-metodológica, foi utilizado o conceito de metamorfose, de Ullrich Beck. Para tensionar a recorrência da prescrição da resolução de problemas e da cidadania associada à responsabilização individual, foi utilizado o conceito de cidadão cosmopolita inacabado, de Tomaz Popkewitz. Conclui-se que, independentemente da aprendizagem de conteúdos e da formação matemática, os documentos incentivam o desenvolvimento de habilidades necessárias ao cidadão para que este saiba resolver problemas em situações de incerteza e de risco. Diante de tal constatação, afirma-se que o conceito de cidadania posto em circulação foi metamorfoseado e deixa de estar associado à garantia de direitos e deveres para uma vida digna.