Brasil
O presente artigo deriva do trabalho de investigação de mestrado, sendo uma revisão bibliográfica e documental em perspectiva hermenêutica e analítica, com o objetivo de discutir e refletir sobre o conceito de competência presente na Base Nacional Curricular Comum (BNCC). A investigação dialoga com um conjunto de documentos e referências, com ênfase nos escritos de Philippe Perrenoud. Resgata a trajetória de construção e aprovação da BNCC, documento que norteia e orienta o currículo escolar da educação básica brasileira e reconstrói alguns elementos políticos dos bastidores da construção da política. Estes acabaram inclinando a BNCC para uma perspectiva neoliberal e mercadológica, enfatizando a formação técnica e, consequentemente, enfraquecendo o lugar da docência. Assim, estabelece algumas reflexões a respeito das implicações do termo “competência”, “pedagogia das competências” para a escola e a formação de professores. O caráter técnico-profissional da BNCC, de certo modo enfraquece a formação crítica e humana. Consequentemente descontrói o papel social e formativo da escola, que passa a ocupar o lugar de subordinação às exigências do mercado, sendo o professor um mero executor de tarefas.
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