Resumen de Claves de la narrativa 360° a través del estudio de la retransmisión de la gala de los Premios Goya en RTVE

Raquel Caerols Mateo, Manuel Gerardo Casal Balbuena, Pablo Garrido Pintado

• español

  El empuje del uso de narrativas 360° es un fenómeno que se viene popularizando en redes, especialmente, desde el 2015. En España, el Laboratorio de Innovación Audiovisual de Radio y Televisión Española (Lab RTVE) ha experimentado con esta tecnología ofreciendo grabaciones de espectáculos y documentales, y al ser pioneros en la grabación del primer episodio de realidad virtual interactiva de una serie de televisión. Con objeto de conocer las características, retos y dificultades de la retransmisión de eventos en 360°, el presente trabajo toma como caso de estudio la retransmisión de la gala de los Premios Goya en RTVE. Se trata de un evento en directo donde se premia a los personajes más destacados del cine español durante el año anterior. El método escogido parte de una entrevista previa a dos responsables del Lab RTVE encargados de la realización 360° de la gala. A partir de los datos recabados en la entrevista se diseñó un modelo de análisis de contenido aplicado a un fragmento de la producción. Del análisis realizado se deduce que, pese a que la retransmisión tradicional y 360° comparten aspectos formales, existen unas marcadas diferencias entre las narrativas. Unas diseñadas para ser visionadas (narrativa tradicional) y otras para ser experimentadas (narrativa 360°). La convivencia entre ambos ecosistemas sígnicos se presenta difícil, pero no imposible, ya que ambos tipos de realización comparten muchos parámetros relativos a la producción de significado. Asimismo, se ve necesaria una estandarización de la tecnología 360° para una vivencia satisfactoria en primera persona y una aclimatación por parte del espectador-usuario.

• English

  The push for the use of 360° narratives comes from the popularization of the phenomenon on networks, especially since 2015. In Spain, the Lab de Radio y Televisión Española has been experimenting with this technology, offering recordings of shows and documentaries and pioneering the recording of the first interactive virtual reality episode of a television series. In order to learn about the characteristics, challenges and difficulties of broadcasting 360° events, this paper takes as a case study the broadcasting of the Goya Awards Gala on RTVE. This is a live event where the most outstanding figures of Spanish cinema during the previous year are awarded. The chosen method is based on a previous interview with two people in charge of the RTVE Lab, who are responsible for the 360o production of the gala. Based on the data collected in the interview, a content analysis model was designed and applied to a fragment of the production. From the analysis carried out, it can be deduced that, despite the fact that traditional and 360° broadcasts share formal aspects, there are marked differences between the narratives. Some are designed to be watched (traditional) and others to be experienced (360°). The coexistence between both sign ecosystems is difficult but not impossible, since both types of production share many parameters related to the production of meaning. It is also necessary to standardise 360° technology for a satisfactory first-person experience and acclimatisation on the part of the spectator-user.

• português

  O impulso para o uso de narrativas 360° vem da popularização do fenómeno em redes, especialmente desde 2015. Na Espanha, o Lab de Radio y Televisión Española vem experimentando esta tecnologia, oferecendo gravações de programas e documentários e sendo pioneiro na gravação do primeiro episódio interativo de realidade virtual de uma série de televisão. Para conhecer as características, desafíos e dificuldades da transmissão de eventos 360°, este artigo toma como estudo de caso a transmissão da Gala do Goya Awards na RTVE. Este é um evento ao vivo onde as figuras mais destacadas do cinema espanhol durante o ano anterior são premiadas. O métodoescolhido é baseado em uma entrevista prévia com duas pessoas responsáveis pelo RTVE Lab, que são responsáveis pela produção 360° da gala. Com base nos dados coletados na entrevista, um modelo de análise de conteúdo foi projetado e aplicado a um fragmento da produção. Da análise realizada, pode-se deduzir que, a pesar de as transmissões tradicionais e 360° compartilharem aspectos formais, existem diferenças marcantes entre as narrativas. Algumas são projetadas para serem assistidas (tradicionais) e outras para serem vivenciadas (360°). A coexistência entre os dois ecossistemas signos é difícil mas não impossível, já que ambos os tipos de produção compartilham muitos parâmetros relacionados com a produção de sentido.Também é necessário padronizar a tecnologia 360° para uma experiência satisfatória na primeira pessoa e aclimatação por parte do espectador-usuário.