Extrema direita e educação no Brasil

• Márcia Pereira Cunha ^[1] ; Nilton Ken Ota ^[1]
  1. [1] Universidade de São Paulo

     Universidade de São Paulo

     Brasil

     
• Localización: Revista educación, política y sociedad, ISSN-e 2445-4109, Vol. 8, Nº 2, 2023 (Ejemplar dedicado a: Educación, neoliberalismo y extrema derecha), págs. 72-93
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Far right and education in Brazil
• Enlaces
  • Texto completo
• Resumen
  • English

    Since the 1990s, the structural reasons for the problems and weaknesses of public education in Brazil have been overshadowed by the discourse of the need to adapt it to the demands of modern and competitive society. Public policies thus became an arena of permanent conflict. On the one hand, the modernizing discourse, expression of the political rationality of neoliberalism; on theother, the mobilization of groups identified with the horizon of the welfare state. The reactionary agenda of the Jair Bolsonaro government adds to this history and is inscribed in its different conflict scenarios, giving public space and vocalizing conservative initiatives hitherto isolated. This article examines four fronts of his basic education policy and explores the hypothesis that the reform ideas and projects of previous decades stimulated and sustained his reactionary propositions, through the dissemination of an ideology contrary to public education and as a reaction to a period of renewal of school subjects through the incorporation of new cultural, environmental and identity guidelines

  • português

    Desde os anos 1990, as razões estruturais dos problemas e fragilidades da educação pública no Brasil vinham sendo ofuscadas pelo discurso da necessidade de adequá-la às demandas da sociedade moderna e competitiva. As políticas públicas tornavam-se, assim, arena de conflito permanente. De um lado, o discurso modernizador, expressão da racionalidade política do neoliberalismo; do outro, a mobilização de grupos identificados com o horizonte do Estado social. A agenda reacionária do governo Jair Bolsonaro se soma a essa história e se inscreve nos seus diferentes cenários de conflito, dando lugar público e vocalizando iniciativas conservadoras até então isoladas. Este artigo examina quatro frentes de sua política para a educação básica e explora a hipótese de queas ideias e projetos de reforma das décadas anteriores estimularam e sustentaram suas proposições, pela disseminação de um ideário contrário à educação pública e como reação a um período de renovação dos saberes escolares por meio da incorporação de novaspautas culturais, ambientais e de identidade