Oficina brincante: uma história pode ser uma brincadeira?

• Amorim Sperandio, Flávia ^[1] ; Mariano César, Janaína ^[1] ; Wenetz, Ileana ^[1]
  1. [1] Universidade Federal do Espírito Santo

     Universidade Federal do Espírito Santo

     Brasil

     
• Localización: Kiri-Kerê - Pesquisa em Ensino, ISSN-e 2526-2688, Vol. 1, Nº. 14, 2022 (Ejemplar dedicado a: Número Regular (Dezembro)), págs. 427-443
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Playfulness workshop: can we play through a story?
• Enlaces
  • Texto completo
• Resumen
  • English

    This paper is based on the experience of a research project in which, among other actions, workshops were developed with families and children at ages from 2 to 6 enrolled at a school in Vitória-ES, Brazil. This text analyzes one of the activities in the workshop in which a literary text was used to trigger conversations, playing, learning and other ways of sharing. In this context, and considering the ethical, aesthetic and political principles in Brazilian national guidelines for early childhood education (BRASIL, 2010), this work argues that the conjoint idea of “educating and caring for” is well aligned with the perspective of Bellacasa (2012) that thinking and knowing are relational processes. Furthermore, these ideas are present in the proposition of inventive learning (KASTRUP, 2007), and of experience as stated by Jorge Larrosa (2019). Through a literary experience, this paper presents and discusses pedagogical practices at the “Playfulness workshop”, articulating the concepts of experience, playfulness and invention, which cannot be previously defined, but only by its effects. Therefore, this paper claims the act of playing as an attitude of causing recognitive practices to crumble, enabling more openness to invention.

  • português

    Este artigo parte de uma experiência situada em uma pesquisa, na qual, entre outras ações, foram propostas oficinas com a participação de crianças matriculadas em uma instituição de Educação Infantil, em Vitória/ES, e seus familiares. Este texto analisa, então, um dos encontros da oficina, o qual teve como disparador um texto literário em torno do qual conversas, brincadeiras, aprendizagens e outras trocas puderam emergir. Nesse contexto, e ainda levando em consideração os princípios éticos, estéticos e políticos apresentados nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - DCNEI (BRASIL, 2010), argumenta que a noção de educar-cuidar alinha-se à perspectiva de conhecimento relacional (BELLACASA, 2012) e atravessa a noção de aprendizagem inventiva (KASTRUP, 2007), situando também a noção de experiência colocada por Jorge Larrosa (2019). Embalado pela experiência literária, o artigo apresenta um relato e uma discussão a partir das práticas educacionais situadas na Oficina Brincante, articulando noções de experiência, brincadeira e invenção, as quais se afirmam por seus efeitos, e nunca previamente. Assim, o artigo afirma o brincar como uma atitude de fazer vacilarem as práticas recognitivas, possibilitando problematizações e aberturas para a invenção.