Kati E. Caetano, Júlio César Rigoni Filho
This article aims to resume the debate on passions, considering them from the political dimension in which certain outbursts of passion can be apprehended. It refers specifically to the anger, which has been much discussed in the field of Political Science recently, as a form of political emancipation integrated to a new sharing of the sensible. We seek to explain this context of discussions in the field of semiotics, trying, at the same time, to expand, in this, the framework of discussion of the effects of passionate meaning. Apprehending passion as an act of subjectivation, which implies the presence of a limit of the unbearable, calls into question the procedure of moralization to place it on another level of sensitization, that of the outbreak of anger as political dissent. This problematization of indocile affections allows us to think of them as the object of a semiotics involved in practices that mitigate social damage.
Este artigo visa a retomar o debate das paixões considerando-as a partir da dimensão política em que certas eclosões passionais podem ser apreendidas. Refere-se especificamente à raiva, que tem sido muito discutida no campo da Ciência Política recentemente, como forma de emancipação política integrada a uma nova partilha do sensível. Buscamos explicar esse contexto de discussões no domínio da semiótica, intentando, ao mesmo tempo, ampliar, nesta, o quadro de discussão dos efeitos de sentido passionais. Apreender a paixão como ato de subjetivação, que implica a presença de um limite do insuportável, coloca em xeque o procedimento da moralização para situá-la em outro nível de sensibilização, o do irrompimento da raiva como dissenso político. Essa problematização dos afetos indóceis permite pensá-los como objeto de uma semiótica implicada em práticas mitigadoras dos danos sociais.
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