Faro (Sé), Portugal
A reconstrução social dos territórios rurais é uma tarefa urgente face à situaçãode “reclusão territorial“ em que se encontram muitos territórios concelhios do interior de Portugalapós três anos de programa de ajustamento e austeridade. Entre 2011 e 2014 foramrealizadas, e estão ainda em curso, nove experiências de microgeoeconomia territorial, reportadasa um nível elementar de reagrupamento de aldeias ou freguesias, a primeira das quaisfoi realizada na aldeia algarvia de Querença, no concelho de Loulé. Estes micro-ensaios deanimação e reconstrução territorial são um primeiro patamar de experimentação territorial. Oartigo que aqui apresentamos descreve o percurso que nos leva da microgeoeconomia territorialaté a um patamar superior de organização territorial, os territórios-rede. A nossa tese éa de que os territórios-rede são territórios com uma grande capacidade cognitiva, isto é, quepodem aprender e crescer. Os territórios-rede são capazes de assumir uma dupla faceta oucondição, isto é, podem tornar-se espaços comuns de produção por via da cooperação territoriale, ao mesmo tempo, espaços públicos de consumo por via do acesso e da visitação. Estadupla faceta, espaço comum de produção e espaço público de consumo, não só configura edelimita os atributos principais de um território-rede como cria as condições mínimas para odespertar de uma nova inteligência territorial e, também, para uma promissora economia derede e visitação em espaço rural. O protagonista principal deste território-rede em construçãoé, também ele, um actor em construção, o actor-rede.
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