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Ética e solidariedade: uma lição da pandemia

    1. [1] Universidade Federal do Tocantins

      Universidade Federal do Tocantins

      Brasil

  • Localización: Griot: revista de filosofía, ISSN 2178-1036, Vol. 21, Nº. 3, 2021, págs. 283-297
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Ethics and solidarity: a pandemic lesson
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      The paper examines a possible ethics for the current scenario, in order to bring human beings closer together and awaken in them a feeling of solidarity. For such an examination, at first, theories such as the utilitarianism reviewed by Rawls are questioned. It searches for a valid criterion for all participants of a certain universalism or for a real and non-exclusive “us”. The call for solidarity is proposed as a way of uniting people, as opposed to selfishness. Then solidarity is defended, according to Richard Rorty. This philosopher affirms the need for an agreement among the members of society, because only then would there be a real “we”. Next, there is the question about how to make people more supportive, but without resorting to the traditional metaphysical perspective on humanity: there is a bet on the existence of shared characteristics that lead to democratic equality, however, respecting the differences of each one. It is still questioned what would lead the richest to sympathize with the poorest, observing the proposals made by Rorty about raising awareness, presenting the risk of poverty to the rich and appealing to the feeling of humanity. Finally, Rortyan egalitarianism is considered, according to which solidarity is beyond rationality. It would be historically constituted and based on the relationship with the other, on the common feeling of vulnerability, crucial to society in times of pandemic.

    • português

      O artigo examina uma possível ética para o cenário atual, a fim de aproximar os seres humanos e despertar neles um sentimento de solidariedade. Para tal exame, a princípio, questiona teorias como o utilitarismo revisto por Rawls. Busca um critério válido para todos os participantes de um certo universalismo ou para um “nós” real e não excludente. Propõe o apelo à solidariedade como uma forma de unir as pessoas, oposta ao egoísmo. Depois, defende a solidariedade, conforme Richard Rorty. Este filósofo afirma a necessidade de um acordo entre os membros da sociedade, pois só assim haveria um verdadeiro “nós”. A seguir, observa a questão de como tornar as pessoas mais solidárias, mas sem recorrer à perspectiva metafísica tradicional acerca da humanidade: aposta na existência de características partilhadas que levam à igualdade democrática, porém respeitando as diferenças de cada um. Questiona ainda o que levaria os mais ricos a se solidarizarem com os mais pobres, observando propostas feitas por Rorty acerca da sensibilização, da apresentação do risco de pobreza aos ricos e de um apelo ao sentimento de humanidade. Por fim, considera o igualitarismo rortyano, segundo o qual a solidariedade está além da racionalidade. Ela seria historicamente constituída e embasada na relação com o outro, no sentimento comum de vulnerabilidade, crucial à sociedade em tempos de pandemia.


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