Este artigo é uma leitura de Sinais de fogo, de Jorge de Sena, à luz do paradoxo rimbaudiano expresso na lettre du Voyant ("Je est un au tre") e propõe o exame da convergência, neste romance de formação, entre a tomada de consciência de si mesmo por seu narrador e a aparição da poesia em sua vida. Tal convergência supõe, como se verá, uma analogia entre poiesis e auto-poiesis e uma correlação entre poesia e realidade, entre o ato de criação literária e os acontecimentos que lhe são externos (neste caso, a Guerra Civil espanhola e o salazarismo).
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