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Resumen de A retórica política em detrimento do conhecimento: O atual anticientificismo pensado a partir do conceito de episteme no diálogo Teeteto de Platão

Alexandre Anselmo Guilherme, Gabriel Rodrigues Rocha

  • English

    The question proposed in this article is assumed to be essential to safeguard the truth value of knowledge and scientific research. The article demonstrates that, although presenting itself as an aporetic text, the Theaetetus dialogue contributes greatly to our time to think critically about knowledge and its unequivocal relationship with politics and rhetoric, so that it became possible to philosophically problematize question of anti-scientificism present in our contemporary context. It is concluded that the episteme in Plato goes beyond the limits considered by aisthesis (sense) and that we can only effectively consider episteme when considering the knowledge of the really real, that is, the forms (eidos) that categorize the intelligible. Nevertheless, the provisional definition of “knowledge as a true opinion accompanied by a rational explanation” still imposes itself as an important paradigm to distinguish science (gnosis) from pseudoscience. Because, although the episteme is not based “on the impressions that reach the soul through the body”, reasoning about it is imperative, an aspect that, it seems, usually appears as a fortuitous element in the uses of an immediate and negationist political rhetoric, therefore, overmuch anti-scientific.

  • português

    A questão proposta neste artigo a supomos como imprescindível para salvaguardar o valor de verdade do conhecimento e da pesquisa científica. O artigo demonstra que, embora apresentando-se como texto aporético, o diálogo Teeteto contribui sobremaneira à nossa atualidade para pensarmos criticamente a respeito do conhecimento e de sua inequívoca relação com a política e a retórica, de forma que assim se tornou possível problematizar filosoficamente a questão do anticientificismo presente em nosso contexto contemporâneo. Conclui-se que a episteme em Platão ultrapassa os limites considerados pela aisthesis (sensação) e que somente podemos efetivamente considerar episteme quando considerado o conhecimento do realmente real, ou seja, as formas (eidos) que categorizam o inteligível. Não obstante, a definição provisória de “conhecimento como opinião verdadeira acompanhada de explicação racional” ainda se impõe como importante paradigma a distinguir a ciência (gnosis) de pseudociência. Porque, embora a episteme não se fundamente “nas impressões que atingem a alma por intermédio do corpo”, impreterível é o raciocínio a seu respeito, aspecto que, ao que tudo indica, habitualmente aparece como elemento fortuito nos usos de uma retórica política imediatista e negacionista, portanto, eminentemente anticientífica.


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