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Ficções queer brasileiras: anotações para um dossiê

    1. [1] Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

      Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

      Brasil

    2. [2] Universidade Federal de Santa Catarina

      Universidade Federal de Santa Catarina

      Brasil

  • Localización: Anuário de literatura: Publicaçao do Curso de Pós-Graduaçao em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, ISSN 1414-5235, Vol. 25, Nº 1, 2020, págs. 13-21
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Queer brazilian fictions: notes for a dossier
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      The literary canon is still based on an exclusionary model – male, white, heterosexual, middle class – that ends up instilling invisibilities in literary life, as evidenced by the low presence of LGBTQI+ authorship in hegemonic publishers and/or LGBTQI+ characters exercising role of protagonists in narratives. In the contemporary scenario, in which the political agendas of gender and race/ethnicity studies showed their urgency, it is necessary to underline how representation and representativeness in the literature has been discussed. More than ever, the power of identification between reader and literature has been demonstrated in the construction and strengthening of individual subjectivities, a fact that makes it worrying that there are few works that LGBTQI+ people can target. Against the exclusionary canon, non-hegemonic characters in action would not be enough, but literary or literary criticism projects that questioned the normalizing devices and technologies of the body and gender would be necessary. This text, in this sense, aims to present minimally the questions that guided the call for a dossier of Brazilian fictions that had queer as a key to political and aesthetic reading.

    • português

      O cânone literário ainda é baseado em um modelo excludente – masculino, branco, heterossexual, classe média – que acaba por instaurar invisibilidades na vida literária, como se comprova a partir da pouca presença de autorias LGBTQI+ em editoras hegemônicas e/ou de personagens LGBTQI+ exercendo função de protagonistas em narrativas. No cenário contemporâneo, no qual as pautas políticas dos estudos de gênero e raça/etnia evidenciaram sua urgência, é necessário sublinhar como tem sido discutida a representação e a representatividade na literatura. Mais do que nunca tem sido demonstrada a potência da identificação entre leitor/a e literatura na construção e fortalecimento das subjetividades individuais, fato que torna preocupante haver poucas obras com as quais pessoas LGBTQI+ possam mirar-se. Contra o cânone excludente não bastariam personagens não hegemônicos em ação, mas seriam necessários projetos literários ou de crítica literária que questionassem os dispositivos e tecnologias normalizadoras do corpo e do gênero. Este texto, nesse sentido, tem por objetivo apresentar minimamente as questões que nortearam a convocatória para um dossiê de ficções brasileiras que teve o queer como chave de leitura política e estética.


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