A cultura hidropónica de tomate na região NW de Portugal poderá substituir o sistema de produção convencional no solo, na época de primavera/verão, se o aumento de produtividade e a qualidade dos frutos compensar os custos de produção adicionais. Com este objectivo as cultivares de tomate Durinta (tipo cacho) e Romana (tipo chucha) foram produzidas na Póvoa de Varzim, para comparar culturas convencionais produzidas em solo de textura arenosa, com culturas hidropónicas em substrato de fibra de coco, no interior de estufas sem aquecimento. A plantação e a colheita de tomate hidropónico ocorreram um mês antes da cultura produzida no solo. A produtividade e as características de qualidade dos frutos (calibre, cor, firmeza, pH, sólidos solúveis totais, acidez total e concentração de N, P, K, Ca, Mg e Fe dos frutos) foram avaliadas em três repetições de cada tratamento, com base em quatro plantas por repetição. A produtividade da cultura hidropónica de tomate da cv. Durinta (16,7 kg m-2) aumentou e a matéria seca (6,3 g 100 g-1) diminuiu comparativamente com a produção convencional no solo (12,7 kg m-2 e 6,7 g 100 g-1, respetivamente), enquanto para a cv. Romana a produtividade e teor de matéria seca foram semelhantes em ambos os sistemas de produção (média de 9,7 kg m-2 e 7,3 g 100 g-1, respetivamente). As características de qualidade, como o calibre dos frutos, a cor e a firmeza, não foram influenciados pelo sistema de produção e revelaram-se dependentes da cultivar. Os frutos da cv. Durinta produzidos em hidroponia foram menos doces e, para ambas as cultivares, possuíam menor acidez. A concentração dos frutos em N, Mg e Fe foram semelhantes para ambas as cultivares, independentemente do sistema de produção. O teor em P e Ca do tomate hidropónico para ambas as cultivares, bem como o conteúdo de K da cv. Romana, foram superiores aos frutos produzidos no solo. A qualidade dos frutos e as diferenças de produtividade entre os dois sistemas de produção podem não ser preponderantes para a tomada de decisão dos produtores, embora a produção hidropónica, considerando os referidos problemas de solo e a melhor gestão das estratégias de marketing, com a antecipação da colheita na estação da primavera/verão e com a possibilidade de produção de tomate na época de outono/inverno, possa ser uma opção rentável.
Hydroponic tomato production in NW Portugal will only replace the conventional crop system for the spring/summer season, if increased tomato yield and quality overcome the additional production costs. Two cultivars (truss tomato cv. Durinta and plum shaped tomato cv. Romana) were cultivated in Póvoa de Varzim to compare hydroponically grown tomato using coconut fibre as the growing medium, with tomato grown in a sandy soil, inside unheated span type greenhouses. Planting and harvest of hydroponic tomato occurred one month before soil grown tomato. Tomato quality characteristics (colour at maturity, size and firmness, pH, total soluble solids, entitled total acidity, N, P, K, Ca, Mg and Fe contents) were assessed in three different plots based on four plants per plot. Hydroponic tomato yield of cv. Durinta (16.7 kg m-2) increased and dry matter (6.3 g 100 g-1) decreased compared to conventional tomato (12.7 kg m-2 and 6.7 g 100 g-1, respectively), whereas for cv. Romana yield and dry matter content were similar in both crop systems (9.7 kg m-2 and 7.3 g 100 g-1, respectively). Fruit quality characteristics such as size, colour and firmness were not affected by the production system but they were cultivar dependent. Hydroponic tomato acidity decreased compared to conventional tomato for both cultivars and the soluble solids decreased for cv. Durinta. The N, Mg and Fe fruit contents were similar for both cultivars independently of the production system. The P and Ca contents of hydroponic tomato for both cultivars, and K content for cv. Romana, were higher compared to soil production. Fruit quality and yield differences between the two systems may not be relevant for growers’ decision to switch to the hydroponic system; however, it may be a profitable option to control soilborne pests and diseases and to improve marketing strategies, with crop anticipation in the spring season and the additional tomato production in autumn/winter season.
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