Brasil
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A despeito da irredutibilidade do sagrado, o turismo religioso, tal como o conhecemos hoje, ao invés de prestigiar o fenômeno sacro sui generis, preocupa-se imprescindivelmente com a manutenção da indústria turística per se. O objetivo do texto é demonstrar, sociológica e filosoficamente, a apropriação da fé pelo trade turístico na sociedade líquido-moderna. Para isso, a pesquisa parte da crítica, de fundo marxista, da sociedade de consumo e alcança os paradoxos do turismo, bem como a busca existencial por espaços saturados de sentido e a vivência da temporalidade com pretensão eterna. O artigo segue as intuições metodológicas de Hervieu-Léger, Zygmunt Bauman e Mircea Eliade. Empiricamente, a pesquisa orienta-se por autores das ciências humanas e da religião para a análise histórica e atual do peregrino contemporâneo e do nascimento do “eu moderno” no processo de consumo intrínseco aos mercados turísticos.
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