Esta pesquisa estabelece uma aproximação entre leitourgia e jurisdictio, baseada na arqueologia do officium de Giorgio Agamben, para observar a correlação entre os processos históricos de legitimação simbólica do ministério sacerdotal litúrgico e das competências jurisdicionais. Pretendemos, com isso, oportunizar uma releitura da relação entre liturgia, jurisdição e política, de modo a desencadear uma reflexão crítica sobre as condições de inteligibilidade da separação entre sujeito e ator social, pessoa e cargo, indivíduo e função, decisão e organização. Como resultado, sinaliza-se a separação entre opus operatum e opus operantis, operada pelo Concílio de Trento em 1545, que tornou explícita a separação entre a virtude da obra e a virtude quem a realiza.
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