Mascaradas: intervenções mediáticas e identitarias

• Silvia Sueli Santos da Silva ^[1]
  1. [1] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
• Localización: II Congreso Internacional de Estudios Culturales Interdisciplinares: culturas locales, culturas globales. Madrid, 2020 / coord. por Antonio Martín Cabello, Almudena García Manso, José Luis Anta Félez, 2020, ISBN 978-84-17387-60-0, págs. 199-208
• Idioma: portugués
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• Resumen

  • As influências mútuas, entre as mascaradas tradicionais luso-brasileiras e as médias, são discutidas neste artigo a partir da reflexão do fenómeno local. O Boi de máscaras, mascarada junina de São Caetano de Odivelas, Pará (BR) e as mascaradas de inverno da região nordeste de Trás-os-montes (PT), são festas cíclicas que agregaram ao seu formato original, o processo paralelo de suas resignificações, transformações imagéticas e a construção coletiva de signos identitários das culturas onde são geradas. Enfatiza-se a singularidade de cada festa como expressão cultural, suas tradições e os conflitos da inclusão de novos elementos lúdicos e mercadológicos, surgidos nas últimas décadas do século XX e primeiras décadas do século XXI. O estudo tem como base a investigação de carácter etnográfico realizada no Brasil, em São Caetano de Odivelas e em Portugal, no nordeste transmontano (2018/2019) e a consulta a meios digitais, no que se refere à projeção mediática destas festas e sua inclusão nos roteiros de turismo cultural. As transformações das mascaradas de Trás-os-montes e São Caetano de Odivelas são observadas pela descrição dos personagens ícones destas mascaradas, o careto e o pirrô. Observa-se a ênfase democrática e o caráter de sustentabilidade como necessidade que estas mascaradas apresentam no contexto contemporâneo, reconhecendo a autonomia das comunidades e associações locais para gerenciarem e vivenciarem ao seu modo o modelo por eles criado e recriado a cada novo ciclo das festas.