Santo Ildefonso, Portugal
A prática de vestir imagens em contexto Cristão remonta à Idade Média e alcançou o seu auge durante o Barroco apesar das contínuas repro-vações institucionais. De facto, a sobrevivência deste fenómeno até aos dias de hoje nem sempre foi objeto de consenso. As maiores críticas prenderamse com a adaptação de imagens medievais à aplicação de vestuário, através de mutilações ocorridas sobretudo a partir do século XVI. Embora seja habitualmente considerado um fenómeno mediterrânico, este pode ser encon-trado um pouco por toda a Europa Católica. O presente artigo procura compreender a evolução desta prática na Península Ibérica, onde mantém enorme importância, através das controvérsias em torno das esculturas mutiladas e vestidas, em particular, e das imagens de vestir no geral.
The practice of dressing sacred sculptures in the Christian context dates back to the Middle Ages, but there is no doubt that it reached its maximum splendour during the Baroque despite continuous institutional disapproval. In fact, its survival to the present day did not always reach consensus. The most significant criticisms concerned the many medieval images that were adapted to be clothed through mutilations carried out mainly from the 16th century onwards. Although this is often considered a Mediterranean phenomenon, it can be found across all Catholic Europe. The present paper seeks to understand the evolution of this practice in the Iberian Peninsula (where it retains enormous importance) through the controversies surrounding the mutilated and dressed sculptures of the Virgins, and the images made to be dressed in general.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados