O léxico “travesti” sempre esteve incutido em denotações pejorativas. Perturbação, prostituição, desvio, vida fácil e, sobretudo, aproveitamento, sempre foram sinônimos indissociados a este grupo. O cerne do presente trabalho consiste na análise dos mecanismos utilizados pelos (as) mesmos (as) para subverter tal condição, utilizando com pano de fundo as cidades de Ilhéus e Itabuna, na Bahia. Desta maneira, tentaremos diagnosticar quais as imbricações inerentes ao fato de a travestilidade apresentar-se como possibilidade de asseguramento de cidadania plena, num contexto de coronelismo e tradicionalismo comuns à região referida.
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