O presente artigo tem como propósito analisar dois acontecimentos discursivos da história da Educação Ambiental (EA) no Brasil e na Espanha. Toma-se como corpus analítico do estudo os ordenamentos jurídicos a respeito da Educação em ambos os países e os atravessamentos de definições estabelecidas por eventos e documentos internacionais sobre a educação destinada as preocupações ambientais. O primeiro acontecimento refere-se a presença da interdisciplinar nos espaços escolares; o segundo trata-se da configuração daquilo que a UNESCO institui como um desdobramento da EA no cenário atual, a Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS). A partir da problematização acerca do conceito de verdade e da governamentalidade neoliberal, o texto assume os estudos pós-estruturalistas, especialmente a partir de Friedrich Nietzsche e Michel Foucault. É tensionando os valores de verdade que essas construções carregam que o exercício da crítica radical proposta por Foucault possa ser, minimamente, operado por nós.
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