Este trabalho investiga o efeito do tamanho das classes dos Anos Finais do Ensino Fundamental da rede estadual paulista no desempenho dos estudantes na Prova Brasil, utilizando metodologias consagradas de estudos econômicos. O trabalho avalia o efeito do tamanho das classes em três estratos de nível socioeconômico (NSE) e os resultados sugerem que as políticas em vigor no estado tendem a reduzir o desempenho de dois terços dos alunos, além de aumentar a desigualdade entre os NSE. O trabalho também apresenta uma série histórica do tamanho das classes no Estado de São Paulo, identificando uma mudança de tendência a partir da Reorganização Escolar de 2015. Discute-se ainda, a partir dos resultados, a lógica da gestão regular da rede de ensino e o papel do acesso público aos dados e indicadores educacionais do estado na compreensão de políticas estruturais que operam à margem das desigualdades sociais.
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