Antropologia e interculturalidade: reflexões a partir das experiências de indígenas na educação superior em Mato Grosso do Sul / Brasil

• AGUILERA URQUIZA, Antonio Hilário ^[1]
  1. [1] Universidad Federal de Mato Grosso del Sur
• Localización: REA. Revista euroamericana de antropología, ISSN-e 2387-1555, Nº. 6, 2018 (Ejemplar dedicado a: Antropología y Educación), págs. 47-61
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Anthropology and interculturality: reflections from the experiences of indige-nous people to higher education in Mato Grosso do Sul / Brazil Antropología e Interculturalidad – reflexiones a partir de las experiencias de indígenas en la educación superior
  • Antropología e interculturalidad: reflexiones a partir de las experiencias de indígenas en educación superior en Mato Grosso del Sur / Brasil
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  • Texto completo
• Resumen
  • español

    La colaboración intercultural en las experiencias de acceso y la permanencia de indígenas en las Instituciones de Enseñanza Superior en el estado de Mato Grosso do Sul / Brasil ha sido marcada por ambivalencias y posibilidades. Se pretende, con este texto, problematizar las motivaciones y los desafíos de los estudiantes indígenas, cuando buscan el acceso a la educación en las universidades de manera especial, cuando se trata de acceso a los llamados cursos regulares y en el postgrado, a partir de una mirada de la Antropología. Traemos para analizar el debate acerca de la necesidad de un perfeccionamiento de las políticas públicas y acciones interculturales colaborativas dirigidas a los pueblos indígenas. La investigación es de carácter cualitativo, teniendo como aporte teórico las contribuciones de la Antropología y de los estudios postcoloniales y en cuanto a los procedimientos recurrimos a la revisión bibliográfica, el análisis documental, y algunas entrevistas semiestructuradas, así como la experiencia de convivencia con indígenas en la post- graduación. Los datos consultados y los análisis de las narrativas de estudiantes indígenas apuntan a un aumento significativo de ellos en las IES, en los últimos 5 años, después de la efectividad de la Ley Federal nº 12.711 (2012). Entendemos que esa demanda se configura como otro mecanismo de los propios pueblos originarios que, en busca de sustentabilidad y alteridad, recurren a la educación superior como un espacio político de afirmación y minimización de las desigualdades sociales. En este sentido, los resultados nos indican que las políticas de acceso y permanencia necesitan ser pautadas observando las condiciones diferenciadas de esos sujetos, para que éstas no se traduzcan en actos homogeneizadores, y agravando aún más las desigualdades sociales construidas en el seno del proyecto colonial. Sugieren también que esas políticas crean tensiones y la necesidad de reconceptualizar colonialismo, colonialidad vigente, así como la necesidad de redefinir la interculturalidad a partir de la propia Antropología en la interfaz con la educación.

  • português

    A colaboração intercultural nas experiências de acesso e a permanência de indígenas nas Instituições de Ensino Superior no estado de Mato Grosso do Sul/Brasil tem sido marcada por ambivalências e possibilidades. Objetiva-se, com este texto, problematizar as motivações e os desafios de estudantes indígenas, quando buscam o acesso à educação nas universidades de maneira especial, quando se trata de acesso aos chamados cursos regulares e na pós-graduação, a partir de um olhar da Antropologia. Trazemos para análise o debate acerca da necessidade de um aprimoramento das políticas públicas e ações interculturais colaborativas voltadas para os povos indígenas. A pesquisa é de caráter qualitativo, tendo como aporte teórico as contribuições da Antropologia e dos estudos pós-coloniais e quanto aos procedimentos recorremos a revisão bibliográfica, a análise documental, e algumas entrevistas semiestruturadas, assim como a experiência de convivência com indígenas na pós-graduação. Os dados consultados e as análises das narrativas de estudantes indígenas apontam para um aumento significativo deles nas IES, nos últimos 5 anos, após a efetivação da Lei Federal nº 12.711 (2012). Entendemos que essa demanda se configura como um outro mecanismo dos próprios povos originários que, em busca de sustentabilidade e alteridade, recorrem a educação superior como um espaço político de afirmação e minimização das desigualdades sociais. Neste sentido, os resultados nos indicam que as políticas de acesso e permanência precisam ser pautadas observando as condições diferenciadas desses sujeitos, para que estas não se traduzam em atos homogeneizadores, e acirrem ainda mais as desigualdades sociais construídas no bojo do projeto colonial. Sugerem também, que essas políticas criam tensões e a necessidade de reconceitualizar colonialismo, colonialidade vigente, como também a necessidade de redefinir a interculturalidade a partir da própria Antropologia na interface com a educação.

  • English

    The intercultural collaboration in the experiences of access and the permanence of indigenous people in the Institutions of Higher Education in the state of Mato Grosso do Sul / Brazil has been marked by ambivalences and possibilities. The objective of this paper is to problematize the motivations and challenges of indigenous students, when they seek access to education in universities in a special way, when it comes to access to so-called regular and postgraduate courses, from a look of Anthropology. We analyze the debate about the need for an improvement of public policies and collaborative intercultural actions directed at indigenous peoples. The research has a qualitative character, having as a theoretical contribution the contributions of Anthropology and post-colonial studies and regarding the procedures we resorted to bibliographic review, documentary analysis, and some semi-structured interviews, as well as the experience of coexistence with post- University graduate. The data consulted and the analysis of the narratives of indigenous students point to a significant increase in the IES in the last 5 years, after the implementation of Federal Law No. 12.711 (2012). We understand that this demand is configured as another mechanism of the original indigenous peoples who, in search of sustainability and otherness, resort to higher education as a political space for affirmation and minimization of social inequalities. In this sense, the results indicate that the policies of access and permanence need to be guided by observing the differentiated conditions of these subjects, so that they do not translate into homogenizing acts, and further exacerbate the social inequalities built into the colonial project. They also suggest that these policies create tensions and the need to reconceptualize colonialism, current coloniality, as well as the need to redefine interculturality from Anthropology itself in the interface with education.