O presente ensaio, de caráter descritivo, tem como objetivo discutir sobre a potencialidade das redes de internacionalização do Ensino Superior na construção de relações internacionais mais solidárias e democráticas. Para isso, recorre à figura do intercambista, como elo de ligação entre instituições acadêmicas estrangeiras. Metodologicamente, buscou identificar-se fontes primárias e secundárias que tratam da temática da internacionalização do Ensino Superior, com enfoque no intercâmbio. Como fontes primárias, recorre-se à experiência do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS), da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), em Minas Gerais (MG), reconhecido por investir nos intercâmbios internacionais. Como fontes secundárias, o trabalho problematiza a figura do intercambista a partir do conceito de estrangeiro de Georg Simmel e contextualiza a discussão buscando apoio nas análises de Larissa Lomnitz, Oskar Negt, Sousa Santos e Vivianne Châtel. Percebe-se que, o intercambista tranforma redes de internacionalização universitária em redes solidárias ao dar-lhes continuidade por vias informais, pela valorização da troca cultural e intelectual. Para melhor compreensão do fenômeno, a discussão pretende ser o ponto de partida para um estudo de caso mais específico sobre o processo de cooperação universitária.
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