O presente artigo busca examinar as múltiplas ocupações socioeconômicas da população livre de Pelotas, no rio Grande do Sul, durante a época do auge das charqueadas escravistas. Escapando de um senso comum historiográfico, busca-se demonstrar que a localidade, que tinha na produção de charque e couros, apresentou uma significativa população urbana, com notável diversificação profissional. Contudo, o artigo não se reserva a essas questões, objetivando também demonstrar que tais indivíduos e grupos sociais estavam hierarquicamente dispostos na sociedade da época, configurando uma estrutura social aonde uma minoria concentrava a riqueza e os recursos materiais em detrimento de uma maioria.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados