Gabriele de Sousa Lins Mutti, Cleonice Marçal, Maria Laura de Oliveira Machado
A instauração de uma educação que privilegie a interculturalidade e a alteridade tem sido defendida na literatura. Ela solicita, entretanto, a superação de compreensões que tomem a interculturalidade na escola pautada na mera informação. Para tanto, um dos aspectos preponderantes é a reflexão acerca dos documentos que orientam as ações que são desenvolvidas pelos professores nas salas de aula de todo o país. Nesse artigo explicitamos as compreensões que emergiram quando interrogamos: O que se mostra sobre a interculturalidade nos documentos que orientam as políticas públicas de ensino para a formação de professores da Educação Básica? Estabelecida a partir de uma abordagem qualitativa de pesquisa, por meio da análise de conteúdo, essa interrogação nos levou ao levantamento de 18 documentos, entre diretrizes, resoluções e pareceres disponibilizados pelo Ministério da Educação Brasileiro. Esses documentos foram categorizados e analisados com o auxílio do software Atlas.ti. Os resultados revelaram que a discussão sobre a interculturalidade no contexto da formação de professores, ainda tem se mostrado limitada a cultura indígena e afro e mesmo havendo o incentivo para adoção de práticas pedagógicas que favoreçam a valorização da diversidade cultural na escola, são ínfimas as sugestões de encaminhamentos que permitam essa adoção.
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