Sarmiento e a nação traumatizada: uma narrativa nacional

• Fabio Feltrin Souza ^[1]
  1. [1] Universidade Federal da Fronteira Sul

     Universidade Federal da Fronteira Sul

     Brasil

     
• Localización: Revista Latino-Americana de História, ISSN-e 2238-0620, Vol. 2, Nº. 9, 2013 (Ejemplar dedicado a: Escravidão e Pós-emancipação.), págs. 233-246
• Idioma: portugués
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• Resumen

  • O argentino Domingo Faustino Sarmiento construiu uma narrativa para a nascente nação no século XIX. Suas criações tipológicas não só estão repletas de elementos exteriores ao que se chamaria de Argentina, como também anunciam que sua escrita é marcada pelo trauma de nunca ter tido uma educação formal. A permanente tensão entre civilização e barbárie na obra do letrado é uma marca constitutiva da própria construção do seu “eu” e do “eu” da nação. Assim como Sarmiento superou todas as adversidades impostas pelos caudilhos para ilustra-se, a Argentina deixaria para traz o atraso e a barbárie. Sarmiento narrou-se como o próprio herói da civilização. Ele se quis como paradigma, como exemplo nacional, por isso se fez como monumento revestido de sacralidade a ser cultivada pelas gerações futuras. Monumento que ganhou contornos de violência ao excluir todo aquele que estivesse fora de sua moldura nacional.