Revitalização do Cine Icaraí - Niterói, Rio de Janeiro, Brasil

• Autores: Rosina Trevisan Martins Ribeiro, David Mendonça, Lívia Romariz, Natália Asfora, Raissa Gerheim, Bruno Machado
• Localización: Congreso Latinoamericano sobre patología de la construcción, tecnología de la rehabilitación y gestión del patrimonio: REHABEND 2014. Santander (España), 1-4 de abril de 2014 / Luis Villegas Cabredo (dir. congr.), 2014, ISBN 978-84-616-8863-0, págs. 1901-1908
• Idioma: portugués
• Enlaces
  • Texto Completo Libro (pdf)
• Resumen

  • O projeto de intervenção para revitalização arquitetônica do Cinema Icaraí foi elaborado pelos alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro e UFF � Universidade Federal Fluminense, autores deste artigo, com a orientação da professora Rosina Trevisan M. Ribeiro, também autora, e contou com a colaboração de outros professores. O edifício localiza-se na Praia de Icaraí, na cidade de Niterói, estado do Rio de Janeiro, Brasil. Foi construído na primeira metade da década de 1940, em estilo Art Déco. Trata-se de uma edificação de quatro pavimentos, originalmente concebida para uso misto de Cinema e apartamentos residenciais. Em 2005 a crescente expansão das salas de cinema em shoppings fez com que o Icaraí, último cinema de rua de Niterói, encerrasse suas atividades.

    Alegando questões financeiras, o edifício foi vendido para uma empresa comercial. Em 2011 a UFF adquire o imóvel visando a sua revitalização para abrigar as apresentações da orquestra da Universidade.

    O projeto de intervenção foi desenvolvido seguindo os parâmetros de tombamento elaborados pelo INEPAC � Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. Conserva o uso original de cinema, adaptando o conjunto para espaço de apresentações dos distintos grupos musicais, espaço empresarial, restaurante, café literário, sala de exposições e demais espaços culturais e de lazer. Adota como partido a flexibilidade, portanto os espaços que ancoram as principais atividades do complexo são adaptáveis o suficiente a novos arranjos e atividades, dispensando intervenções futuras que ameacem a integridade do bem.

    Este artigo tem como objetivo apresentar este projeto, vencedor de um concurso estadual. Toda a proposta foi com base nas teorias de restauro vigentes no país e na legislação de patrimônio local. A intervenção em uma construção histórica apresenta, além dos desafios comuns a qualquer elaboração de um projeto de arquitetura, uma dificuldade a mais, pois a edificação além de objeto arquitetônico é também um documento, o qual é constituído por um conjunto de partes que serve como fonte de dados e informações.

    A preservação deste patrimônio é uma forma de garantir o testemunho dos valores simbólicos, da identidade cultural e da história.