O artigo questiona o uso de conceitos dicotômicos nas análises sobre a condição feminina. A partir da análise do trabalho da mulher nas olarias (no interior de São Paulo). Caracteriza as olarias, descrevendo as formas de produção e de comercialização do produto. Analisa a organização e divisão de trabalho internas a estes estabelecimentos e, finalmente, as condições de vida e trabalho das oleiras. Através da análise das dimensões de tempo e espaço, constata-se que trabalho e vida familiar não se separam, mas se sobrepõem, coincidem. Nas olarias, a possibilidade de conciliar atividades produtivas e domésticas faz ressaltar a importância singular da mulher como produtora e reprodutora.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados