No México, durante mais de 20 anos, setores de esquerda puderam administrar - ou, pelo menos, influenciar fortemente - instituições de ensino superior, as Universidades Autônomas (UAs). Este artigo propõe uma revisão crítica dessa experiência, ao longo de três eixos coincidentes com os três sentidos básicos atribuídos à democracia em relação à universidade: a questão da democratização do acesso x qualidade da formação; a do "retorno" das atividades universitárias à sociedade; e o problema da participação e representação na gestão da universidade. Tudo indica que a gestão da esquerda nas UAs seguiu um padrão essencialmente adaptativo e que, frente às mudanças ora propostas para o ensino superior mexicano, a esquerda precisa renovar-se profundamente e definir seu projeto educacional.
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