Neste artigo são examinados os conceitos lingüísticos mobilizados num curso de recuperação em francês, regularmente oferecido por uma faculdade canadense ligada aos movimentos de afirmação da francofonia no país e à formação bilíngüe. O objetivo é verificar como se produz, nas práticas pedagógicas e no discurso dos participantes, a configuração de uma certa ordem sociopolítica que atribui às variedades minoritárias faladas na província de Ontário, onde se situa a faculdade focalizada, a condição de língua não legítima, e aos francófonos da mesma região a condição de inaptos para a recuperação lingüística, nos termos do projeto institucional de ensino de uma língua de qualidade.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados