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A vida como relato na era do fast-forward e do real time: algumas reflexões sobre o fenômeno dos blogs

  • Autores: P. Sibilia
  • Localización: Em Questão, ISSN-e 1808-5245, Vol. 11, Nº. 1, 2005, págs. 35-51
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • La vida como relato en la era del fast-forward y del real time: Algunas reflexiones sobre el fenómeno de los blogs
    • Life as a tale in the age of fast-forward and real time: some thoughts on the blogs phenomena
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      En contraste con algunas formas modernas de actualizar la memoria de las propias experiencias vividas (desde el diario íntimo hasta el psicoanálisis, desde el romance clásico hasta las autobiografías románticas), este artículo examina el fenómeno de los weblogs, fotologs y videologs de tipo confesional; es decir, aquellos que exponen en Internet la intimidad de sus autores. Estas nuevas manifestaciones de los géneros autobiográficos serían un intento sumamente actual de “recuperar el tiempo perdido” en el vértigo del tempo real, del “sin tiempo” y del presente constantemente “presentificado”, todos factores que caracterizan a la contemporaneidad. La peculiar inscripción cronológica de estos nuevos “relatos del yo” denota cierta reconfiguración de las subjetividades, que se distancian de las modalidades típicamente modernas de ser y estar en el mundo. Así como ocurre con la idea de interioridad, también está sufriendo alteraciones el valor atribuido a otro factor primordial en la constitución de la identidad individual: el estatuto del pasado como un pilar fundamental del yo. A pesar de su permanencia como factores todavía relevantes, esas dos nociones que desempeñaron papeles centrales en la conformación de las subjetividades modernas hoy parecen estar perdiendo peso en la definición de lo que es cada sujeto, generando nuevos regímenes de constitución del yo.

    • English

      Against some modern ways of updating the memories of lived experiences (from the personal diary to psychoanalysis, from the classical novel to the romantic autobiographies), this article examines the phenomena of weblogs, photologs and videologs of confessional type; that is, those that expose the intimacy of their authors in Internet. These new manifestation of the autobiographical genres would be a very current attempt to “recover lost time” in the rush of real time, of the “timelessness” and of the present constantly “presentified”, all the factors that characterize contemporary times. The peculiar chronological inscription of these new “tales of the self” denotes a certain reconfiguration of subjectivities that set themselves apart from typical modern modalities. As it happens with the idea of interiority, the value attributed to another primal factor of the constitution of an individual’s identity is undergoing transformations: the statute of the past as a fundamental pillar of the self. Despite its permanence as still relevant factors, both notions, which had a prominent role in the conformation of modern subjectivities, today seem to be losing weight in defining what each person is, thus giving rise tonew regimes of constitution of the self.

    • português

      Em contraste com algumas formas modernas de atualizar a memória das próprias experiências vividas (do diário íntimo à psicanálise, do romance clássico às autobiografias românticas), este artigo examina o fenômeno dos weblogs, fotologs e videologs do tipo confessional; isto é, aqueles que expõem na Internet a intimidade de seus autores. Estas novas manifestações dos gêneros autobiográficos seriam uma tentativa atualíssima de “recuperar o tempo perdido” na vertigem do tempo real, do “sem tempo” e do presente constantemente “presentificado”, todos fatores que caracterizam a contemporaneidade. A peculiar inscrição cronológica desses novos “relatos do eu” denota uma certa reconfiguração das subjetividades, que se distanciam das modalidades tipicamente modernas de ser e estar no mundo. Assim como ocorre com a idéia de interioridade, também está sofrendo alterações o valor atribuído a outro fator primordial na constituição da identidade individual: o estatuto do passado como um alicerce fundamental do eu. Apesar de sua permanência como fatores ainda relevantes, essas duas noções que desempenharam papéis de primeira ordem na conformação das subjetividades modernas hoje parecem estar perdendo peso na definição do que cada um é, dando a luz a novos regimes de constituição do eu. 


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