Poeta carioca, uma das fortes vozes da poesia brasileira contemporânea e, até o presente momento, autora de sete livros – Os dias gagos (1991), Saxífraga (1993), Zona de sombra (1997), Corola (2000), Margem de manobra (2005), Botoque e Jaguar: a origem do fogo (2009) e Entre lobo e cão (2014) –, Claudia Roquette-Pinto, embora tenha publicado algumas obras – e ativa no cenário literário brasileiro –, ainda é uma escritora pouco conhecida nos meios acadêmicos. Entretanto, uma das fortes características da escritora é retratar e utilizar em seus versos termos advindos e constituintes da botânica, que logo na capa e título de sua penúltima obra – Corola – é perceptível. No intuito de apresentar o processo metapoético presente nos versos de Cláudia Roquette-Pinto, apresentaremos a análise do poema “O princípio”, constituinte da obra Corola, no intuito de exemplificar, ilustrar e apontar o percurso trilhado pela autora na formação de seu constructo poético. Para fomentar nossas discussões e análise, nos baseamos em Eliot (1991), Haroldo de Campos (1992), Ivety Walty (1999), Blanchot (2011), entre outros, no que concerne a Metalinguagem, além de percorrer a fortuna crítica da autora, presente em Marani (2015), avaliando a recorrência de temáticas poéticas presente nos versos de Claudia Roquette-Pinto.
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