Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de Dos mitos em Camões a Camões como mito

Maria Luísa de Castro Soares

  • Camões compreendeu, perpetuou e recriou a mitologia Antiga e ele próprio se tornou modelo mítico. Nas Rimas e n' Os Lusíadas dá a conhecer ao leitor, instrumentalizando-a, a mitologia clássica para depois da morte - e devido a uma biografia lacunar - se tornar ele mesmo, enquanto homem e poeta, um mito popular e literário. A fortuna literária de Camões, mal reconhecida em vida, elevou-o post mortem a símbolo de portugalidade e da consciência poética. É como se a obra camoniana desse resposta a cada um dos poetas posteriores ou lhes abrisse campo a explicações, interpretações ou aproveitamentos ao sabor das circunstâncias epocais. Ao dar sentido mítico à história nacional através d'Os Lusíadas, Camões com a sua obra tornaram-se para a comunidade portuguesa arquétipos ou modelos míticos dessa mesma comunidade. Daí que, de século para século, Camões e Os Lusiadas sejam identificados com um povo inteiro. A dimensão mítica da biografia camoniana, a obra lírica e sobretudo a fortuna literária da sua epopeia, «Bíblia da Pátria» e espelho em que todo um povo se revê são importantes para os «exegetas» do mito e para os defensores de uma verdadeira ontologia da portugalidade.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus