This article features extracts from the biography of the abbot L’Epée, written by a deaf professor from the Deaf Institute of Paris, Ferdinand Berthier, in 1840. Despite glorifying the abbot, who was the creator of the first deaf school in France, Berthier voiced criticism of the L’Epée method for generating deformities in the sign language for the sake of teaching correct writing; such changes made the language foreign to the deaf people themselves. Although written two centuries ago, Berthier’s work provokes discussions that to this day are still present among educators, discussions where the central theme is the language to which the deaf are exposed in the learning process. The controversy over sign language versus oral language played as central a role in those days as it does today in discussions about deaf education.
Este artigo traz trechos da biografia do abade l'Epée, escrita por um professor surdo do Instituto para surdos de Paris, Ferdinand Berthier, em 1840. Apesar de enaltecer a figura do abade, criador da primeira escola para surdos na França, Berthier tece críticas ao método de l'Epée, uma vez que, segundo ele, em nome do ensino da escrita correta eram realizadas deformações na linguagem de sinais, modificações que acabavam por torná-la estranha aos próprios surdos. Apesar de escrito há dois séculos o texto de Berthier traz discussões que ainda hoje estão presentes entre os educadores, nas quais o tema central é a língua a que os surdos devem ser expostos no processo educacional. A polêmica língua de sinais versus língua oral apresentava-se, naquela época, como hoje, como o centro das discussões na educação dos surdos.
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