Este trabajo busca aportar precisión conceptual sobre la noción de desigualdad socioeducativa, apostando a diferenciar las dimensiones social y educativa desde una mirada anclada en la perspectiva de las desigualdades múltiples. Por un lado, la clase social de origen, el género, las condiciones de salud, la condición étnico-racial, la obligación de tener personas bajo cuidado y el lugar de residencia constituyen una multiplicidad de dimensiones de las desigualdades externas a la institución escolar, factores extraescolares que la escuela “recibe” como lo dado. Entretanto, hay otra serie de factores que conforman una desigualdad propiamente educativa, producida en el contexto escolar: la construcción de distintos modos de relación con el saber, las clasificaciones del estudiantado en grupos acordes a distintos criterios, el trabajo y calificaciones de las y los docentes, la infraestructura (estado de los edificios, limpieza, laboratorio y rampas de acceso), así como la relación que se promueve con los estudios superiores hacen a la labor estrictamente escolar, entre otros. En ese sentido, en esta última dimensión, no se trata ya (o no se trata únicamente) de la reproducción de desigualdades extraescolares, sino de la producción de desigualdad educativa: fruto del accionar (o no accionar) escolar.
This paper seeks to contribute to the conceptual precision of the notion of socio-educational inequality, emphasizing the differentiation between social and educational dimensions from a perspective anchored in multiple inequalities. On the one hand, social class of origin, gender, health conditions, ethnic-racial status, the obligation to care for others, and place of residence constitute a multiplicity of dimensions of inequalities external to the school institution, extracurricular factors that the school "receives" as givens. Meanwhile, there are another series of factors that shape educational inequality, produced within the school context: the construction of different modes of relating to knowledge, the classification of students into groups according to different criteria, the work and qualifications of teachers, the infrastructure (condition of buildings, cleanliness, laboratory facilities, access ramps), as well as the relationship fostered with higher education, all of which contribute to strictly academic work. In this sense, this last dimension is no longer (or no longer only) about the reproduction of extracurricular inequalities, but rather about the production of educational inequality: the fruit of school action (or lack of action).
Este trabalho busca contribuir para a precisão conceitual da noção de desigualdade socioeducativa, visando diferenciar as dimensões sociais e educacionais a partir de uma perspectiva ancorada na perspectiva das múltiplas desigualdades. Por um lado, a classe social de origem, o género, as condições de saúde, a condição étnico-racial, a obrigação de ter pessoas sob cuidados, o local de residência, constituem uma multiplicidade de dimensões de desigualdades externas à instituição escolar, factores extracurriculares que a escola “recebe” como dados. Entretanto, há uma outra série de factores que compõem as desigualdades educativas, produzidas no contexto escolar: tanto a construção de diferentes formas de relação com o conhecimento, as classificações dos alunos em grupos segundo diferentes critérios, o trabalho e as qualificações dos professores, a infra-estrutura (estado dos edifícios, limpeza, laboratório, rampas de acesso), bem como a relação que se promove com o ensino superior ao trabalho estritamente escolar, entre outras. Nesse sentido, esta última dimensão já não se trata (ou não se trata apenas) da reprodução de desigualdades extracurriculares, mas sim da produção de desigualdade educativa: fruto de ações (ou não-ações) escolares.
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