Analítica e interpretativamente, o presente texto surge da necessidade de estabelecer uma correlação entre as discussões teóricas e as mudanças que se têm vindo a estabelecer no campo curricular, uma vez que tais discussões subsidiam esse processo dinâmico a que chamamos reestruturação curricular e, longe de se limitar ao campo teórico, incidem de modo significativo no dinamismo das possibilidades a operar nas práticas educativas. Assumindo que qualquer processo de construção curricular envolve indubitavelmente os professores como atores centrais, discutimos criticamente as possibilidades efetivas que têm sido introduzidas ou, inversamente, negadas ao cumprimento deste preceito. A propósito, abordamos a arquitetura dos mecanismos burocratizadores inscritos nos documentos oficiais que têm vindo a ser produzidos no quadro daquela reestruturação curricular, de forma a contribuir para a concetualização do pensamento crítico em educação, recorrendo à análise e interpretação que, a partir daí, podemos equacionar em torno da mais recente reestruturação curricular institucionalizada em Portugal.
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