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Assédio moral organizacional como método de gestão da classe trabalhadora: O caso dos bancários brasileiros

  • Autores: Ricardo Nunes de Mendonça
  • Directores de la Tesis: Wilson Ramos Filho (dir. tes.), Francisco José Infante Ruiz (codir. tes.)
  • Lectura: En la Universidad Pablo de Olavide ( España ) en 2022
  • Idioma: portugués
  • Programa de doctorado: Programa de Doctorado en Ciencias Jurídicas y Políticas por la Universidad Pablo de Olavide
  • Enlaces
    • Tesis en acceso abierto en:  TESEO  RIO 
  • Resumen
    • O presente trabalho tem por finalidade a análise da prática do Assédio Moral Organizacional como método de gestão bancário, considerando o caso dos trabalhadores contratados pelos Bancos HSBC BANK BRASIL S/A e Banco Itaú Unibanco S/A em Curitiba, no Brasil. A investigação se inicia por uma imersão do objeto da pesquisa no contexto que a circunda, delimitando, no tempo e no espaço – sem pretensão de ser definitiva - as condições políticas, econômicas, sociais e jurídicas imperantes na realidade, bem como definir de quem e para quem se fala. Após uma análise dos dados que compõem a imagem da crise do trabalho no mundo depois de 2008, se investigou, no mesmo período, a realidade do trabalho no Brasil. Imediatamente em seguida buscou-se definir quem são as pessoas a respeito de quem se fala e para quem se fala: os bancários brasileiros. No segundo capítulo, foram revisados os conceitos, as características e a as modalidades históricas de organização do trabalho – Taylorismo, Fordismo, Fayolismo e Toyotismo - à luz da subordinação como maneira de existir capitalista. O propósito era compreender e descrever como, em cada época, esses modelos de organização permitiram ao capital docilizar, controlar e conformar a classe trabalhadora aos seus interesses, nos seus diversos espíritos, além de explicar como tais projetos de poder impactaram nas vidas e na saúde dos trabalhadores, destacadamente os bancários brasileiros. Em seguida, passou-se à análise das categorias e técnicas de gestão hegemônicas na contemporaneidade, até alcançar a categoria do assédio moral organizacional, modo de gestão que tem por finalidade estrutural a ampliação da produção e do lucro, além do controle dos trabalhadores, da captura da subjetividade operária, da fratura da solidariedade, e a introjeção da lógica individualista e competitiva do sucesso, características do homem-empresa. Revisitado o conceito e as características que divisam o assédio moral organizacional - processo de violência estrutural de gerenciamento de pessoas - de outras formas de violência, como o assédio moral interpessoal, por exemplo, passou-se à análise dos casos concretos dos empregados do HSBC e do Banco Itaú Unibanco S/A. As pesquisas objetos de análise, segundo os conceitos enunciados pela doutrina, constituem evidências estatísticas de que os referidos bancos, por meio de processos estruturados de gestão por excelência, por metas, por estresse e por medo, praticaram assédio moral organizacional ao longo do período pesquisado, expondo os trabalhadores a elevados riscos ambientais e psicossociais relacionados ao trabalho, em flagrante violação aos direitos à saúde e ao trabalhado digno.


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