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Atenção, memória emocional explícita e implícita em idosos portugueses

  • Autores: Tânia Jerónimo Prata
  • Directores de la Tesis: Maria da Graça Proença Esgalhado, (dir. tes.)
  • Lectura: En la Universidade da Beira Interior ( Portugal ) en 2013
  • Idioma: español
  • Número de páginas: 310
  • Tribunal Calificador de la Tesis: Antonio Sánchez Cabaco (voc.)
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  • Resumen
    • português

      O estudo dos processos cognitivos no curso do envelhecimento humano tem sido alvo de pesquisa por parte de vários investigadores. Em constante interacção com os processos cognitivos encontra-se a emoção. A prevalência de sintomatologia depressiva em pessoas idosas parece ser um fenómeno culturalmente transversal, considerando-se, a depressão, portanto uma das perturbações psicopatológicas de maior complexidade na terceira idade. Perante o acentuado envelhecimento da população torna-se cada vez mais importante gerar um maior conhecimento científico nesta área, e como tal, neste estudo, procuramos avaliar a atenção e a memória explícita e implícita perante estímulos emocionais em idosos portugueses, deprimidos e não deprimidos. Para tal, houve a necessidade de serem realizados dois estudos transversais. No primeiro estudo propusemo-nos construir a tarefa stroop emocional, prova que tem como finalidade medir a interferência atencional perante palavras emocionais em idosos portugueses. No segundo estudo optámos por construir um protocolo de investigação composto por várias provas que, por um lado, permitem-nos avaliar a memória explícita (prova de reconhecimento de palavras) e implícita (prova de completamento de bigramas e de identificação de imagens fragmentadas), e por outro, permitem-nos caracterizar a nossa amostra e servem como tarefas distractoras entre as principais provas de memória (Mini Mental State Examination (MMSE), Questionário de Estado de Saúde (SF-36), Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e Ficha de Dados Gerais). Como estímulos foram utilizados palavras e imagens emocionais e neutras. Participaram no estudo 200 idosos com idades compreendidas entre 60 e os 88 anos (M=67.7; DP=6.9), sendo 134 (67%) do género feminino e 66 (33%) do género masculino, da região da Beira Interior. Cento e trinta dos participantes (65%) não apresentaram depressão, ao passo que 70 (35%) apresentaram depressão ligeira e grave. Todos os participantes sabiam ler e escrever, sendo que maioritariamente possuíam o 1º e 3º ciclo de escolaridade e Bacharelato (inclui os antigos cursos médios), 35.5%, 18.5% e 20%, respectivamente. Os resultados obtidos indicam ausência do efeito de interferência stroop emocional em idosos portugueses. Especificamente, quando estudado o grupo dos idosos deprimidos e não deprimidos constatou-se a existência de diferenças estatisticamente significativas em qualquer uma das três lâminas da tarefa stroop emocional (Lâmina 1: t (198) = 4.094, p < .01; Lâmina 2: t (198) = 3.549, p < .001; Lâmina 3: t (198) = 3.739, p < .001), sendo essa diferença mais significativa nas lâminas 2 e 3, o que nos permite dizer que os idosos deprimidos nomeiam menos cores de palavras do que os idosos não deprimidos e, por isso experienciam o efeito de interferência stroop emocional. Nesta amostra, com o avanço na idade em termos mnésicos não se verifica uma deterioração da memória explícita nem da memória implícita, pois não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os três grupos de idade na prova de reconhecimento de palavras (Palavras-emoções: F (2, 197) = .176, p = .839; Palavras-envelhecimento: F (2, 197) = .241, p = .786; Total acertos: F (2, 197) = .213, p =.808), nem na prova de completamento de bigramas (Palavras-emoções: F (2, 197) = .271, p = .763; Palavras-envelhecimento: F (2, 197) = 1.263, p = .285; Total acertos1: F (2, 197) = .806, p = .448). Os resultados indicam ainda a não existência de diferenças estatisticamente significativas quando estudados os grupos dos idosos deprimidos e não deprimidos, quer na prova de memória explícita, quer na prova de memória implícita, o que nos permite dizer que a presença de estímulos emocionais não contribui para um melhor o desempenho em ambas as provas, e por isso, não se verificou o efeito de congruência de humor. Ainda respeitante à memória implícita, quando utilizada a prova de identificação de imagens fragmentadas verificou-se que os participantes necessitam de um menor número de click´s para evocarem com sucesso as imagens anteriormente observadas (M= 29.58), comparativamente com as imagens não-observadas, (M= 31.21). À medida que a idade avança as diferenças encontradas entre os três grupos de idade são estatisticamente significativas (Série 1: F (2, 197) = 7.508, p < .01; Série 2: F (2, 197) = 3.696, p < .05), logo necessitam os participantes do grupo dos “velhos-velhos” de um maior número de click´s para evocarem com sucesso as imagens anteriormente observadas (M= 33.9) e não-observadas (M= 33.2) comparativamente com o grupo dos “velhos jovens”. Estes resultados sugerem que existe um ligeiro declínio na nossa amostra ao nível do priming perceptivo. Por fim, é de referir que comprovamos a existência do efeito facilitador priming em ambas as provas de memória implícita. Os resultados obtidos nesta pesquisa vão de encontro aos numerosos estudos teóricos e empíricos confirmando a existência de uma relação entre os três processos, atenção, memória e emoção em idosos portugueses.

    • English

      The study of cognitive processes in the course of human ageing has been investigated by many researchers. In permanent interaction with cognitive processes is emotion. The prevalence of depressive symptoms in the elderly seems to be a culturally transversal phenomenon, with depression therefore being considered one of the psychopathological disturbances of greater complexity in the elderly. In light of the significant ageing of the population it becomes increasingly important to generate more knowledge in this field. Accordingly in this study we try to evaluate the attention and the explicit and implicit memory against emotional stimuli in the Portuguese depressed and non-depressed elderly. To this end, two cross-sectional studies were required. In the first study, we sought to create an emotional Stroop effect task, a test aimed at measuring the attention interference against emotional words in the Portuguese elderly. In the second study, we decided to create a research protocol comprising various tests which, on the one hand, allow to evaluate the explicit memory (word recognition test) and the implicit memory (bigram completion test and fragmented picture identification test), and, on the other hand, allow to characterise our sample and act as distractor tasks within the main memory tests (Mini Mental State Examination (MMSE), Health Survey Questionnaire (SF 36), Geriatric Depression Scale (GDS) and General Data Chart). Emotional and neutral words and pictures were used as stimuli. Of the two hundred elderly aged between 60 and 88 (M=67.7; SD=6.9) from the region of Beira Interior who participated in the study, 134 (67%) were female and 66 (33%) were male. One hundred and thirty participants (65%) showed no signs of depression whereas seventy (35%) showed mild and severe depression. All participants could read and write, and the majority had completed the 1st and 3rd cycle of schooling and Bachelor degrees (including the former “intermediate” courses), 35.5%, 18.5% and 20%, respectively. The results obtained show the absence of emotional Stroop interference in the Portuguese elderly. In particular, when studying the group of depressed and non-depressed elderly adults, statistically significant differences were found in each of the three emotional Stroop test sets (Set 1: t (198) = 4.094, p < .01; Set 2: t (198) = 3.549, p < .001; Set 3: t (198) = 3.739, p < .001). The difference being more significant in sets 2 and 3 allows us to state that the depressed elderly identify less colour words than the non-depressed elderly and therefore experience the emotional Stroop interference effect. In our sample, as ageing progresses in cognitive terms, there is no decay of either the explicit or implicit memory given that no statistically significant differences were found among the three age groups both in the word recognition test (Words-emotions: F (2, 197) = .176, p = .839; Words-ageing: F (2, 197) = .241, p = .786; Total correct answers: F (2, 197) = .213, p = .808) and in the bigram completion test (Words-emotions: F (2, 197) = .271, p = .763; Words-ageing: F (2, 197) = 1.263, p = .285; Total correct answers: F (2, 197) = .806, p = .448). The results also show that there are no statistically significant differences when studying the group of depressed and non-depressed elderly adults either in the explicit memory test or in the implicit memory test which allows us to state that the presence of emotional stimuli does not contribute to a better performance in both tests and consequently there was no mood-congruency effect. Also in relation to the explicit memory, when using the fragmented picture identification task, the participants were found to require a smaller number of clicks to successfully recall previously seen pictures (M= 29.58) in comparison with non-seen pictures (M= 31.21). As age progresses, the differences observed among the three age groups are statistically significant (Series 1: F (2, 197) = 7.508, p < .01; Series 2: F (2, 197) = 3.696, p < .05) and therefore the participants of the “old-old” group require a greater amount of clicks to successfully recall previously seen pictures (M= 33.9) and non-seen pictures (M= 33.2) than the “young-old” group. These results suggest that there is a slight decline in perceptual priming in our sample. Finally, it is worth mentioning that we establish that there is a priming facilitating effect in both implicit memory tests. The results obtained in this investigation agree with numerous theoretical and empirical studies that confirm that there is a relationship between the three processes - attention, memory and emotion - in the Portuguese elderly.


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