A forma como a criança "vive", ou lhe é possível "viver" na sua família é fundamental para a construção emocional da sua personalidade sobretudo numa fase em que a infância está sujeita a acontecimentos de vida stressantes ocorrendo grandes mudanças nas relações que a criança estabelece com os familiares mais próximos.
Neste trabalho de investigação desejo contribuir para o conhecimento da relação que a criança portuguesa estabelwece no contexto da sua família e como ela vai construindo a sua personalidade para compreendermos os afectos familiares.
No marco teórico abordo algumas teorias explicativas do desenvolvimento emocional da criança entre elas Bowby, Mary Ainworth, Mahler, Spitz e Erikson. A maioria das investigações sobre as relações de vinculação centram-se no estudo da relação mãe-filho e no seu impacto de desenvolvimento dos filhos.
Abordo os tipos de familias que tem tido um aumento significativo em Portugal (mnonoparentais e novas famílias) e o papel dos intervenientes mais próximos da criança: mãe, pai, avós e irmãos.
Ao escolher a fase da infância, tive por base o facto de saber que nesta fase, temos a possibilidade de crescer e de construir um espaço mental de relações privilegiadas uma vez que a experiência infantil nos acompanha pela vida fora. Termino o estudo teórico salientando como as regras e a disciplina são importantes no sistema familiar e como o "brincar" com a família pode descrever a elaboração de fenomenos emocionais.
Hoje assistimos a pais menos sensitivos, menos atentos por vezes pouco respondentes às necessidades dos seus filhos. A responsabilidade cívica deve exigir aos pais a responsabilidade de construir e cuidar da sua família. Sabemos que ambientes familiares instáveis conduzem a relações pouco estáveis com as crianças, associando-se a problemas de saúde, condutas agressivas e depressões.
A metodologia utilizada foi o estudo quantitativo que teve como objectivo analisar a informação extraída de dois métodos distintos "o teste do desenho da família", de Corman e a prova por mim ideada "vamos brincar à família".
Claramente, num tempo de grandes transformações importa ajudar as crianças e torná-las adultos saudáveis e felizes.
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