Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de Políticas públicas cabo-verdianas contra a violência baseada no género

Dionara Amparo dos Anjos Graça

  • RESUMEN (Español) Naciones Unidas lanzó en 2007 el programa “Unidos en la Acción” con el propósito de poner a prueba la forma en que la ONU puede brindar asistencia de forma más coordinada a los países que se sumaran a esta iniciativa: Albania, Mozambique, Pakistán, Ruanda, Tanzania, Uruguay y Vietnam se ofrecieron para participar en ella a cambio de fondos y apoyo. Lo hizo también Cabo Verde, antigua colonia portuguesa, independiente desde el 5 de Julio de 1975, convirtiéndose así en una de las experiencias piloto de la ONU. Desde 1990 Cabo Verde ha abierto sus puertas al pluralismo de partidos y desde 1992 pasó a ser un Estado de Derecho Democrático, respetuoso con la libertad de expresión y los derechos y libertades fundamentales, dejando atrás el régimen de partido único y la llamada “democracia revolucionaria”, instituida en la Constitución de 1980.

    Debido a los esfuerzos desarrollados para responder a las requisitorias de la ONU, el país ha demostrado ser, en palabras de la Coordinadora Residente del Sistema de Naciones Unidas en Cabo Verde (UNS), Ulrika Richardson-Golinski, "un caso de estudio" en África subsahariana, revelándose, según dicha Coordinadora, si lo comparamos con la gran mayoría de los países africanos, "como uno de los que ha demostrado mayores avances" en África, incluso en igualdad de género (Objetivo 3 del Milenio).

    Con todo, la violencia de género, derivada de la distribución desigual del poder entre hombres y mujeres impuesta por el patriarcado, todavía sigue siendo un desafío en la joven nación caboverdiana, a pesar, en primer lugar, de haber iniciado el camino de la ratificación, aceptación y implementación efectiva de los instrumentos internacionales de protección de los derechos humanos apenas dieciséis días después de haber conquistado la independencia, de haber asumido las obligaciones contenidas en la Carta de las Naciones Unidas el 21 de julio de 1975 y pese, en segundo lugar, a la mencionada condición de país piloto de la ONU, desde 2009, y también de su previa aproximación a la Unión Europea con la “Asociación Especial”: Hay que recordar que, en 2005, Cabo Verde presentó una petición al Gobierno Portugués, con el apoyo de Mario Soares, ex Presidente da República lusa, para que Portugal defendiese la adhesión del país a la Unión Europea, con el apoyo de España, Francia, Luxemburgo, los Países Bajos, Alemania, y otros Estados miembros de la UE.

    En el referido contexto, en 2011 se aprobó en Cabo Verde la Ley 84 / VII / 2011 de 10 de enero, titulada "Ley que Establece Medidas para Prevenir y Reprimir la Violencia de Género". En esta tesis se intenta demostrar que el impulso para su aprobación y promulgación, proviene en parte de la movilización de la sociedad civil y de la atención a sus demandas por el Estado caboverdiano, pero también, en medida no despreciable, de los requerimientos de la sociedad internacional y de los compromisos adquiridos con los instrumentos internacionales de protección de los derechos humanos, así como de la trascendente ayuda de la cooperación internacional. Tal confluencia de estímulos y recursos, exógenos y endógenos, ha permitido al país dar pasos significativos para combatir la violencia de género, implementar políticas públicas al respecto y establecer un nuevo escenario para dar respuestas a esta lacra (desoyendo ciertos discursos críticos con la aprobación de la Ley), al tiempo que mejoran las respuestas judiciales a los casos penales de dicha naturaleza.

    No obstante, hay que tener en cuenta que, a pesar de los esfuerzos realizados, no todo es perfecto si nos atenemos a las metas fijadas y a las recomendaciones de buenas prácticas de las Naciones Unidas para la legislación sobre la violencia contra las mujeres, siendo necesario para comprender las reformas que nos ocupan y sus límites, llevar a cabo un análisis crítico del escenario en que tuvo lugar la preparación, aprobación y aplicación de la Ley Especial contra la Violencia de Género en el país y del contenido de la legislación de Cabo Verde, así como el de las respuestas judiciales en la materia, cuestiones que constituyen el núcleo de esta tesis doctoral.

    RESUMO (Português) A ONU lançou em 2007 o programa "Delivering as One", a fim de testar como a ONU pode ajudar de uma forma mais coordenada os países que aderissem a esta iniciativa. Albânia, Moçambique, Paquistão, Ruanda, Tanzânia, Uruguai e Vietnam se ofereceram para participar dessa experiência em troca de financiamento e apoio. Assim também fez Cabo Verde, antiga colónia portuguesa, independente desde 05 de julho de 1975, tornando-se assim uma das experiências piloto da ONU. Desde 1990 Cabo Verde abriu as portas para o pluralismo partidário e desde 1992 passou a ser um Estado de Direito Democrático, baseado nos princípios da soberania popular, no pluralismo de expressão e de organização política democrática e no respeito pelos direitos e liberdades fundamentais, deixando para trás o regime de partido único e a chamada “democracia revolucionária”, instituída com a Constituição de 1980.

    Devido aos esforços desenvolvidos para responder às requisições da ONU, o país tem provou ser, nas palavras da Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde (UNS), Ulrika Richardson-Golinski, "um caso de estudo" na África sub-saariana, revelando-se, segundo a referida Coordenadora, em comparação com a grande maioria dos países africanos, “como um dos melhores progressos" em África, inclusive em igualdade de género (Objetivo 3 do Milénio).

    Contudo, a violência baseada no género, derivada da desigual partilha de poder entre homens e mulheres imposta pelo patriarcado, ainda permanece um desafio para a jovem nação cabo-verdiana, apesar de, em primeiro lugar, ter iniciado o caminho de ratificação, aceitação e aplicação efetiva dos instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos apenas dezasseis dias após a conquista da independência, com a declaração de aceitação das obrigações constantes na Carta das Nações Unidas em 21 de julho de 1975; e em segundo lugar, a mencionada condição de país piloto da ONU, desde 2009, e também de sua prévia aproximação a União Europeia com o “Acordo Especial” celebrado (recordando-se que, em 2005, Cabo Verde apresentou uma petição ao Governo Português, com o apoio de Mário Soares, ex-Presidente da República Portuguesa, para que Portugal defendesse a adesão do país à União Europeia, com o apoio da Espanha, França, Luxemburgo, Holanda, Alemanha, dentre outros Estados membros da União Europeia).

    No referido contexto, em 2011 se aprovou em Cabo Verde a Lei 84/VII/2011, de 10 de janeiro, intitulada “Lei que Estabelecer as Medidas Destinadas a Prevenir e Reprimir o Crime de Violência Baseada no Género”. Nesta tese procura-se demostrar que o impulso para sua aprovação e promulgação, provém em parte da mobilização da sociedade civil e da atenção a suas demandas pelo Estado cabo-verdiano, mas também, em medida não depreciável, dos requerimentos da sociedade internacional e dos compromissos adquiridos com os instrumentos internacionais de proteção dos direitos humanos, assim como a transcendente ajuda da cooperação internacional. Tal confluência de estímulos e recursos, exógenos e endógenos, permitiu ao país dar passos significativos para combater a violência baseada no género, implementar políticas públicas nesta área e estabelecer um novo cenário para dar respostas aos casos de violência baseada no género (ignorando certos discursos críticos advindos com a aprovação da Lei), bem como melhorar as respostas judiciais para os processos penais dessa natureza.

    No entanto, há que ter em conta que, apesar dos esforços, nem tudo é perfeito se nos atemos as metas fixadas e as recomendações de boas práticas das Nações Unidas para legislação sobre a violência contra as mulheres, sendo necessário para compreender as reformas que nos ocupam e seus limites, levar a cabo uma análise crítica quanto ao cenário que envolve a elaboração, aprovação e implementação da Lei Especial contra a Violência Baseada no Género no país e quanto ao conteúdo da legislação cabo-verdiana referente a matéria, bem como das respostas judiciais sobre a matéria, questões que constituem o núcleo desta tese doutoral.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus